Ryanair apela a von der Leyen para reformar controlo de tráfego aéreo europeu
A Ryanair solicitou à presidente da Comissão Europeia que implemente mudanças urgentes na gestão do tráfego aéreo, após uma greve que causou o cancelamento de 170 voos e afetou mais de 30 mil passageiros.

A Ryanair, companhia aérea de baixo custo irlandesa, lançou um apelo à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, exigindo medidas imediatas para reformar os serviços de controlo de tráfego aéreo na União Europeia. Este pedido surge na sequência de uma greve dos controladores de tráfego aéreo franceses, que levou ao cancelamento de 170 voos, impactando mais de 30 mil passageiros durante o início das férias de verão europeias, um dos períodos mais movimentados para a indústria de viagens.
Além dos voos que têm como destino ou origem França, a greve também teve repercussões nos voos que atravessam o espaço aéreo francês, uma vez que a França não tem conseguido garantir a proteção dos sobrevoos em situações de greve, conforme alertou a Ryanair.
No comunicado divulgado, a companhia aérea reitera que há tempos clama por uma reforma eficaz nos serviços de controlo de tráfego aéreo. O CEO da Ryanair, Michael O'Leary, afirmou que "as famílias europeias estão a sofrer as consequências da greve dos controladores em França", classificando como "inaceitável" que os voos que sobrevoam o espaço aéreo francês sejam alvo de cancelamentos ou atrasos devido a greves.
O'Leary enfatizou que "a Ryanair solicita urgentemente à Ursula von der Leyen que tome as medidas necessárias para reformar os serviços de controlo de tráfego aéreo da UE. Primeiramente, é fundamental assegurar que os serviços de controlo de tráfego possuem o número adequado de profissionais para a primeira onda de partidas diárias. Em segundo lugar, é vital proteger os sobrevoos durante as greves dos controladores nacionais".
O executivo concluiu que a implementação destas duas reformas "poderia eliminar 90% dos atrasos e cancelamentos", garantindo assim que os passageiros da UE não sejam mais sujeitos a estas interrupções recorrentes e evitáveis nos serviços aéreos.