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Trump admite considerar o envio de mísseis Patriot para a Ucrânia

O presidente Trump indicou a possibilidade de fornecer sistemas de defesa Patriot à Ucrânia, numa tentativa de fortalecer a proteção contra ataques russos.

27/06/2025 23:50
Trump admite considerar o envio de mísseis Patriot para a Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou hoje a sua disposição em considerar o envio de sistemas de mísseis de defesa aérea, conhecidos como Patriots, para ajudar a Ucrânia a enfrentar os ataques da Rússia. Durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, Trump respondeu afirmativamente à pergunta sobre o aumento da presença dos mísseis Patriot na Europa, dizendo: "Talvez sim".

Esta possibilidade já tinha sido levantada quando Trump se encontrou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Haia, Países Baixos, durante a cimeira da NATO na quarta-feira. "Veremos se conseguimos disponibilizar alguns", acrescentou Trump ao ser questionado sobre a iniciativa.

As suas declarações geraram incerteza sobre se os Patriots seriam doados ou vendidos à Ucrânia. Durante a reunião, Zelensky enfatizou a urgência de Kyiv adquirir esses sistemas de defesa para proteger a nação dos mísseis russos, propondo ainda uma colaboração na fabricação conjunta de drones.

Os mísseis Patriot foram introduzidos na Ucrânia pela primeira vez durante a presidência de Joe Biden (2021-2025), com apoio de aliados europeus. A relação entre Trump e Zelensky permanece tensa após uma controvérsia ocorrida durante a visita de Zelensky à Casa Branca no início deste ano.

Com o agravamento dos ataques russos, os líderes tentam encontrar um entendimento para travar a ofensiva do presidente russo, Vladimir Putin. Nos últimos meses, as forças russas fizeram progressos significativos nas regiões leste e nordeste da Ucrânia, especialmente na província de Donetsk, uma das quatro regiões anexadas por Moscovo em 2023, um ato não reconhecido pela comunidade internacional.

As recentes reuniões entre Moscovo e Kyiv, realizadas a 16 de maio e 02 de junho na Turquia, não resultaram em avanços tangíveis, embora ambos os lados tenham apresentado memorandos com propostas de paz após mais de três anos de conflitante ofensiva russa. A Ucrânia exige a retirada das tropas russas das áreas que ocupa, enquanto a Rússia insiste na renúncia de Kyiv à adesão à NATO e no reconhecimento do seu controlo sobre esses territórios, condições vistas como inaceitáveis pela Ucrânia.

Até ao momento, as interações entre os dois países têm-se limitado a trocas de prisioneiros e de corpos de soldados que perderam a vida no conflito. A invasão russa da Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, levou a Europa a enfrentar a mais grave crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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