Villas-Boas pondera despedimento de Anselmi, mas custos financeiros são uma preocupação

Martín Anselmi poderá estar prestes a deixar o comando do FC Porto, sob orientação do presidente André Villas-Boas. O desempenho abaixo das expectativas no Mundial de Clubes, realizado nos EUA, onde a equipa não conseguiu triunfar e foi eliminada na fase de grupos, foi a gota de água que levou Villas-Boas a considerar uma mudança antes do início da nova temporada.

No decorrer de uma reunião realizada ontem, os dois técnicos discutiram o estado atual da equipa, mas não chegaram a um consenso. Villas-Boas expressou o seu desejo de romper o contrato com Anselmi, acreditando que este não possui mais condições para guiar o FC Porto. No entanto, a decisão final ainda está pendente.

Um dos principais obstáculos a este despedimento são os custos financeiros associados. O despedimento de Anselmi pode ascender a mais de sete milhões de euros, uma vez que a SAD do FC Porto já desembolsou 3,1 milhões ao Cruz Azul, clube do qual ele saiu, e terá de cobrir mais quatro milhões de euros em salários devido ao contrato que ainda se estende por dois anos.

Anselmi, ciente da situação, defendeu-se durante a reunião, apresentando os desafios que enfrentou desde a sua chegada, como a saída de jogadores-chave e a falta de reforços necessários para colmatar as lacunas na equipa. José Fernando Rio, ex-candidato à presidência do FC Porto, também comentou sobre a prestação de Anselmi no Mundial de Clubes e a sua trajetória à frente dos dragões até agora.

Enquanto isso, Anselmi vai aproveitar um breve período de férias fora do país, aguardando a decisão final de Villas-Boas sobre o seu futuro. Amanhã assinalar-se-á o quinto mês desde a sua apresentação como treinador do FC Porto.

É importante notar que o registo de Anselmi no comando da equipa não tem agradado os adeptos. Em 21 jogos, conquistou apenas 10 vitórias, com cinco derrotas, o que gera incertezas sobre o seu futuro no clube.