A Influência do Tipo Sanguíneo no Risco de Cancro do Pâncreas
Vários fatores podem contribuir para o risco de cancro do pâncreas, incluindo o tipo de sangue. Este artigo explora a relevância desta descoberta e a sua importância na prevenção.

A deteção precoce do cancro do pâncreas pode ser influenciada por múltiplos fatores, incluindo o tipo sanguíneo. Um estudo recente apresentado pelo portal Health Digest revela que pessoas com sangue tipo O apresentam uma maior probabilidade de serem diagnosticadas com esta doença. Investigadores da revista Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention confirmaram que, além do tipo O, o grupo sanguíneo A também corre um risco superior em comparação com o B.
Esta sugestão não é nova; já em 2009 um estudo do National Cancer Institute observou padrões semelhantes, analisando dados de mais de 107 mil indivíduos e destacando a maior incidência de cancro do pâncreas nas pessoas com sangue tipo O. O mesmo estudo indicou que o tipo B mostrava uma prevalência maior de casos em comparação com outros tipos.
Brian Wolpin, um dos investigadores responsáveis pela pesquisa, sublinha que “a relação entre o tipo sanguíneo e o risco de cancro do pâncreas abre novas perspetivas para compreender os mecanismos biológicos que estão na base da doença.”
Surpreendentemente, a associação entre o tipo sanguíneo O e o cancro está relacionada com uma maior suscetibilidade à infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que, segundo a American Cancer Society, pode acelerar o desenvolvimento de úlceras estomacais e, em consequência, elevar o risco de cancro do pâncreas.
O que é o cancro do pâncreas?
Este tipo de cancro, que pertence ao grupo dos tumores hepatobiliopancreáticos, é originado a partir das células do pâncreas, que se dividem em células exócrinas, responsáveis pela secreção de enzimas, e células endócrinas, que produzem hormonas. O cancro do pâncreas pode metastizar, atingindo tecidos adjacentes como o estômago e o intestino delgado, ou disseminar-se para órgãos distantes por via linfática ou sanguínea.
Prevenção e Sintomas
Para reduzir o risco, é fundamental adotar um estilo de vida saudável, como abandonar o tabagismo e seguir uma dieta equilibrada. Os sintomas a ter em conta incluem dor abdominal, icterícia (caracterizada por olhos e pele amarelados), urina e fezes escuras, assim como fadiga persistente.