Adesão de 90% na Greve dos Transportes Urbanos de Coimbra
A greve dos trabalhadores dos SMTUC, que começou no domingo e se prolonga até sexta-feira, já conta com uma adesão de 90%, com apenas seis autocarros a circular na cidade.

A greve dos trabalhadores dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), que teve início no passado domingo e que se estenderá até sexta-feira, está a registar uma adesão notável de 90%, segundo relatórios da coordenadora regional do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Luísa Silva, em declarações à agência Lusa.
Enquanto estavam previstos 109 autocarros nas ruas hoje, apenas seis se encontram em funcionamento, evidenciando a força da paralisação. A greve foi anunciada em fevereiro, adicionando um dia ao plano de luta a cada mês até setembro, totalizando 44 dias de interrupção.
As principais reivindicações dos trabalhadores incluem a reposição das carreiras, a revisão dos dias de férias e a melhoria dos vencimentos. Luísa Silva reconheceu que, até agora, não houve qualquer resposta da parte do Governo ou da Câmara Municipal de Coimbra.
Na semana anterior, os trabalhadores dos SMTUC votaram unanimemente a continuidade da greve, dado que não obtiveram respostas satisfatórias das autoridades. O dirigente do STAL, João Soares, referiu que o Governo cancelou duas reuniões, justificando uma delas com a falta de posse e outra com problemas de energia elétrica. Agora que o Governo está em funções, os trabalhadores aguardam por convocatórias que ainda não foram feitas.
Esta representa a quarta greve desde fevereiro, excluindo uma suspensão temporária de quatro dias em abril, totalizando já 16 dias de paralisação em 2025. Os sindicatos e os trabalhadores continuam a exigir a atualização das carreiras de motoristas e um aumento nos salários. A falta de atratividade na profissão está a resultar numa escassez de motoristas, com 44 vagas em aberto a pesar sobre o pessoal previsto para 2025, mesmo com concursos a decorrer continuamente.