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"Apoio Chinês ao Irão em Questões de Soberania e Segurança"

A China manifestou apoio ao Irão na proteção da sua soberania, reiterando a importância de um cessar-fogo sustentável com Israel, afirmaram os ministros dos Negócios Estrangeiros de ambos os países.

24/06/2025 19:25
"Apoio Chinês ao Irão em Questões de Soberania e Segurança"

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, expressou apoio explícito aos esforços do Irão para garantir a sua soberania e segurança, e destacou a necessidade de alcançar um "cessar-fogo genuíno" que permita ao povo iraniano retomar a sua vida normal. Este discurso ocorreu durante uma conversa telefónica com o seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi, conforme um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

Na mesma comunicação, Wang Yi enfatizou a condenação imediata de Pequim aos recentes ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irão, considerando-os uma violação grave dos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional. Os ataques ocorreram no passado fim de semana e, em resposta, o Irão lançou mísseis contra uma base norte-americana no Qatar, um ato que, segundo Washington, não causou danos significativos, uma vez que Teerão havia feito um aviso prévio.

Depois dos ataques iranianos, um frágil cessar-fogo entre o Irão e Israel foi estabelecido, encerrando uma escalada de 12 dias de hostilidades. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a trégua, ao mesmo tempo que responsabilizou ambos os países pela sua violação, instando Israel a abster-se de lançar novos ataques contra o Irão. Israel, por sua vez, anunciou a suspensão dos seus ataques após um diálogo entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e Trump.

Este conflito teve origem em ataques israelitas a instalações no Irão, alegadamente devido à suspeita de desenvolvimento de armas nucleares, uma acusação que Teerão nega veementemente.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou hoje a Israel e ao Irão para que respeitem o cessar-fogo estabelecido, sublinhando que os conflitos devem parar, uma vez que ambos os povos já sofreram bastante. Guterres também expressou esperança de que este avanço seja um modelo para resolver outros conflitos na região, como a guerra na Faixa de Gaza, que, até ao momento, permanece sem resolução.

Vale a pena notar que Guterres enfrenta desconfiança por parte de Israel devido às suas declarações sobre a guerra na Faixa de Gaza e às dificuldades que Telavive tem imposto às agências da ONU na Palestina.

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