Atraso no socorro a utente falecido não é resultado da greve, assegura Ministério da Saúde
O governo esclarece que a morte de um utente em Pombal, em novembro, deve-se a falhas de profissionais e não à greve do INEM.

O Ministério da Saúde informou, após a divulgação do relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), que o atraso no socorro a um utente de 53 anos, falecido em Pombal a 4 de novembro, está relacionado com a alegada falta de cuidado de dois profissionais envolvidos, e não com a greve no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
O relatório conclui que a morte do homem "poderia ter sido evitada" se o socorro fosse prestado dentro de um período mínimo e razoável, permitindo a sua transferência para um hospital mais próximo através de uma Via Verde Coronária. Contudo, segundo o Ministério, essa eventual demora não teve qualquer ligação com a greve, desmentindo rumores a esse respeito.
O documento da IGAS, que identificou falhas no atendimento, revelou que a atuação dos profissionais não correspondeu às boas práticas exigidas na emergência médica. O relatório aponta que os intervenientes foram criticados por não terem agido de maneira célere e eficiente na triagem e despacho de meios de socorro.
Ao afastar a ligação entre a greve e a morte do utente, o Ministério assinalou que as falhas no socorro se devem a "comportamentos individuais" após o atendimento da chamada de emergência.