Governo celebra redução histórica de incêndios, mas alerta para aumento da área ardida

Na última quarta-feira, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, expressou a sua satisfação ao anunciar a redução drástica no número de incêndios em Portugal, conforme revelado pelo Relatório de Atividades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) de 2024. "Registámos o menor número de incêndios desde que há registos. Este resultado evidencia a eficácia das nossas medidas de prevenção e vigilância", declarou o ministro numa publicação na plataforma X (ex-Twitter).

No entanto, Fernandes destacou a sua preocupação relativamente à área ardida, que aumentou em comparação com 2023. "Em apenas três dias, vimos arder mais de 90% da área total do ano anterior. É crucial avançar com o Plano de Intervenção para a Floresta, que visa a valorização da floresta e a sua resiliência", alertou o governante.

O relatório também apresenta dados alarmantes sobre o impacto dos incêndios, incluindo 16 fatalities em 2024, que incluem nove operacionais, quatro vítimas de queimadas e três diretas. No total, os incêndios destruíram várias habitações e causaram um prejuízo estimado de 67 milhões de euros na floresta, além da emissão de 0,69 megatoneladas de dióxido de carbono, o nível mais elevado desde 2017.

A análise da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) reforçou a necessidade de um foco renovado na prevenção e vigilância de comportamentos relacionados ao incendiary. Com 50% da área ardida no Norte e 75% no Centro atribuídos ao incendiário, é imperativo que as autoridades intensifiquem os esforços para mitigar esses comportamentos e a perceção do risco entre a população e decisores.

O relatório sublinha que, apesar dos avanços na prevenção, ainda foram notórias perdas significativas em várias comunidades devido aos incêndios, o que ressalta que a prevenção continua a ser a estratégia mais eficaz para proteger o território nacional.