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Autoridades sob pressão após revelações sobre polícia vinculado a grupo neonazi

O MAI condena ações de um agente da PSP envolvido em atividades extremistas, enfatizando a necessidade de proteger a integridade das instituições portuguesas.

24/06/2025 11:20
Autoridades sob pressão após revelações sobre polícia vinculado a grupo neonazi

A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, manifestou-se hoje sobre o caso de um agente da PSP relacionado com um grupo neonazi, detido na semana passada. Durante um seminário intitulado 'Migrações e Retorno: Novos rumos para a Europa', que ocorreu na Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa, a ministra afirmou que não se deve "confundir, jamais, a árvore com a floresta".

Amaral sublinhou que os crimes associados a este chefe da PSP são "inaceitáveis num país como Portugal", destacando a importância de respeitar e valorizar as instituições e os profissionais que nelas trabalham. Esta foi a sua primeira declaração pública desde que assumiu o cargo de ministra da Administração Interna, e a intervenção marca o início das celebrações dos 158 anos da PSP.

A Polícia Judiciária deteve, na semana passada, seis indivíduos acusados de pertencer ao Movimento Armilar Lusitano, com quatro deles a ficarem em prisão preventiva. Entre os detidos, encontra-se um polícia que é apontado pelo Ministério Público como um dos fundadores do movimento neonazi, estabelecido em 2018.

Os arguidos enfrentam acusações graves, incluindo a associação a um grupo terrorista, que pode levar a penas de prisão entre 8 e 15 anos. Todos os seis indivíduos também estão a ser processados por posse de armas proibidas.

O agente da PSP, Bruno Gonçalves, que atuava como chefe da Polícia Municipal de Lisboa, é acusado de ser responsável pelas entrevistas de recrutamento para o grupo. Desde meados de 2021, o grupo começou a angariar novos membros, utilizando plataformas de comunicação como 'Telegram' e 'Signal'. Os interessados tinham de preencher formulários com dados pessoais, responder a questionários online e comparecer a entrevistas presenciais.

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