Avanço na deteção precoce do cancro: novo teste sanguíneo revela sinais até três anos antes
Um inovador teste de sangue pode identificar cancro antes do surgimento dos primeiros sintomas, segundo um estudo publicado na revista Cancer Discovery.

A deteção precoce do cancro é crucial para aumentar as hipóteses de um tratamento bem-sucedido. Um recente estudo publicado na revista Cancer Discovery aponta que um teste sanguíneo experimental poderá identificar material genético de tumores até três anos antes do surgimento de sintomas. Este avanço permite uma deteção simultânea de diversos tipos de cancro.
A autora do estudo, Yuxuan Wang, destaca a importância da deteção precoce: "Para o cancro em qualquer estágio, a eficácia da terapia aumenta quando administrada mais cedo." Wang refere que, enquanto oncologista clínica, frequentemente se depara com pacientes em estágios avançados da doença, onde os tratamentos visam apenas prolongar a vida e não curar.
“A deteção antecipada poderá facilitar que os tumores sejam tratados com sucesso através de cirurgia ou outras terapias”, explica Wang, acrescentando que "é essencial que se desenvolvam testes fiáveis que garantam esta deteção precoce e sejam acessíveis aos pacientes."
Além da deteção, a prevenção desempenha um papel significativo na luta contra o cancro. O oncologista Michael Dominello aconselha a inclusão de alimentos ricos em macronutrientes, como carboidratos, proteínas e gorduras saudáveis, bem como polifenóis, encontrados em frutas, vegetais e especiarias. Por exemplo, ele recomenda adicionar cacau em pó e mirtilos às refeições.
A alimentação e o estilo de vida influenciam diretamente as probabilidades de desenvolvimento de cancro, sendo a inflamação crónica um fator a considerar. Alimentos como curcuma, canela, alho e gengibre são destacados por suas propriedades anti-inflamatórias.
Por outro lado, a prática regular de exercício físico tem sido associada a melhores resultados no tratamento do cancro. Um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute indica que a atividade física pode reduzir o risco de morte entre sobreviventes de cancro. A pesquisa, que envolveu cerca de 91.000 participantes com uma idade média de 67 anos, revela que a atividade física pode reduzir a mortalidade em aproximadamente 29% após um diagnóstico de cancro.
A autora principal do estudo, Erika Rees-Punia, reforça que "ser fisicamente ativo após um diagnóstico de cancro pode ter um impacto significativo na probabilidade de sobrevivência."