Candidata do PS clama por responsabilidade após buscas na Câmara de Oeiras
Ana Sofia Antunes, candidata do PS à autarquia, pediu transparência e responsabilização política após investigações sobre corrupção que envolvem a Câmara de Oeiras, relembrando o histórico de má gestão.

A candidata socialista à Câmara Municipal de Oeiras, Ana Sofia Antunes, manifestou hoje a sua indignação e exigiu que os responsáveis pela autarquia prestem contas após as buscas realizadas pela Polícia Judiciária (PJ) em investigação de suspeitas de corrupção. Segundo Ana Sofia, esta não é uma situação isolada e reflete um padrão preocupante na gestão do município.
"É inaceitável que, em face de mais um escândalo que coloca em causa a gestão pública, se procure desviar responsabilidades através de insinuações ou silêncios. Quando se fala da administração de uma empresa sob a alçada da Câmara de Oeiras, é imperativo que haja clareza, explicações e, acima de tudo, responsabilidade política", declarou a candidata nas suas redes sociais.
A candidata lembrou que esta polémica não é novo e que "quem está no poder há décadas não pode demonstrar surpresa sempre que surgem novos indícios de corrupção". Ela sublinhou a necessidade de garantir que "Oeiras e os seus cidadãos não sejam estigmatizados" e não devam suportar o peso de alegações de má gestão dos recursos públicos.
A ainda ex-deputada frisou que a expressão "Oeiras" aparece novamente em ligação com investigações de corrupção, e que "isso não deve ser o legado que deixamos aos oeirenses".
Além disso, António Antunes salientou o impacto que estas situações têm na confiança dos cidadãos na política local, referindo um histórico de incidentes graves, como corrupção e prevaricação. "É urgente que a Justiça atue com eficácia para que as responsabilidades sejam apuradas, de forma justa e sem demoras", afirmou.
Aos jornalistas, o presidente da Câmara explicou que as buscas estão relacionadas com atividades da empresa municipal Municípia e contratos com o Governo de Moçambique. O autarca acrescentou que, após denúncias sobre potenciais irregularidades, a autarquia optou por realizar uma auditoria externa, a qual apontou algumas formalidades irregulares, mas sem ilegalidades substanciais.
A PJ, em comunicado, indicou que as diligências têm como objetivo recolher documentação para o progresso da investigação sobre prevaricação e violação de normas urbanísticas.