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"Desafios no Transporte Aéreo de Emergência: Força Aérea Pode Comprometer Tempo de Resposta"

Sindicato dos Pilotos alerta para o impacto na rapidez do transporte aéreo de emergência. Nova localização dos helicópteros da Força Aérea poderá atrasar socorros em caso de acidentes.

27/06/2025 21:25
"Desafios no Transporte Aéreo de Emergência: Força Aérea Pode Comprometer Tempo de Resposta"

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil manifestou preocupações sobre a efetividade do transporte aéreo de emergência, agora a cargo da Força Aérea. Segundo informações prestadas à Lusa, as modificações nas localizações das bases dos helicópteros podem comprometer a velocidade de resposta em situações críticas.

Atualmente, na zona Centro, os helicópteros estão localizados em Viseu. Com as novas determinações, a Força Aérea terá uma base em Ovar e, em Évora, o helicóptero de emergência será transferido para Beja. Um representante do sindicato sublinhou: “O tempo de resposta é crucial; um helicóptero na posição correta pode fazer a diferença entre chegar a um acidente em 30 minutos ou em uma hora.”

Além disso, uma dúvida levantada pelo sindicato foi a capacidade da Força Aérea para assegurar este serviço, uma vez que, no ano anterior, já tinha sido assinalado que não havia condições suficientes para tal.

As alterações foram anunciadas pelos ministérios da Defesa Nacional e da Saúde, que informaram que a partir da próxima semana, as operações de emergência médica seriam executadas por aeronaves da Força Aérea, até que o concurso público do INEM seja validado pelo Tribunal de Contas.

A Força Aérea ainda não respondeu a perguntas sobre o número de helicópteros a ser utilizados, a tipologia específica de máquinas, o número de equipas médicas destacadas e a questão da localização das aeronaves.

O sindicato também expressou a possibilidade de a empresa vencedora do concurso ter dificuldades em disponibilizar quatro helicópteros e os pilotos necessários. Foi apontado que o tempo necessário para a formação de um piloto pode levar até dois meses, e a formação inicial iniciou apenas em junho.

Além disso, o sindicato alertou que já havia enviado um aviso ao Governo sobre a elevada probabilidade de ocorrerem problemas operacionais. Na mensagem, era destacado que a empresa Gulf Med poderia enfrentar dificuldades em cumprir com as exigências do contrato.

Com base em informações antes da data de início do contrato, o sindicato sugeriu a consideração de outra empresa que poderia garantir os quatro helicópteros e os respectivos pilotos, a fim de mitigar quaisquer riscos associados ao novo concurso.

A CNN informou na semana passada que a partir de 1 de julho, a capacidade de helicópteros de emergência médica estaria reduzida a metade, com apenas as bases de Macedo de Cavaleiros e Loulé operacionais.

No início deste mês, o INEM assegurou que tinha estratégias alternativas caso o contrato para os quatro helicópteros não se concretizasse a 1 de julho, afirmando que esses cenários incluiriam opções com o atual operador ou outras alternativas que se adequassem às exigências.

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