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EUA disponibilizam 30 milhões de dólares para aliviar crise em Gaza

Os Estados Unidos anunciam um financiamento de 30 milhões de dólares para a Fundação Humanitária de Gaza, a única entidade autorizada a distribuir ajuda na região, em meio a uma grave crise humanitária.

26/06/2025 20:45
EUA disponibilizam 30 milhões de dólares para aliviar crise em Gaza

Os Estados Unidos revelaram hoje a disponibilização de 30 milhões de dólares (equivalente a 25,6 milhões de euros) para apoiar a Fundação Humanitária de Gaza (FHG), a única organização autorizada por Israel a fornecer auxílio humanitário na Faixa de Gaza. O porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Tommy Pigott, fez um apelo a outras nações para que se juntem a este esforço e sustentem o trabalho vital da FHG.

A Faixa de Gaza, assolada por conflitos intensificados a partir de outubro de 2023, enfrenta uma emergência humanitária sem precedentes. Desde 2 de março, Israel bloqueou a entrada de produtos básicos como alimentos, água, medicamentos e combustível, aggravando ainda mais a situação. Atualmente, os mantimentos são escassamente introduzidos e distribuídos em zonas designadas como “seguras” pelo Exército, que já disparou contra civis palestinianos em busca de suprimentos, resultando em centenas de vítimas.

No final de maio, o Departamento das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) declarou Gaza como o local mais faminto do mundo, com 100% da população em risco de fome. Dados da ONU revelam que mais de 2,1 milhões de pessoas estão numa situação de "fome catastrófica", atingindo o mais alto número de vítimas já reportado em estudos sobre segurança alimentar. Em 2024, uma comissão da ONU acusou Israel de genocídio, alegando que a fome está a ser utilizada como arma de guerra - uma alegação negada pelo governo israelita sem fornecer provas.

Desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023, desencadeada após um ataque do Hamas que resultou na morte de cerca de 1.200 israelitas, a situação deteriorou-se drasticamente. Com mais de 56.000 mortos e 131.000 feridos, a devastação tem sido alarmante, levando a milhares de desaparecidos e a mortes por falta de cuidados básicos. Após um breve cessar-fogo, o Exército israelita retomou as operações bélicas em 18 de março de 2024, avançando sobre vastas áreas do território. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou planos para um esforço militar total em Gaza, onde a maior parte da população está agora concentrada em três localidades principais, enquanto mais de 80% da região está sob ordens de evacuação ou é considerada zona militar.

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