FNAM critica vagas insuficientes para médicos de família no SNS

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) expressou hoje a sua preocupação em relação ao número de vagas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde para médicos de família. Segundo a federação, apenas 231 das 389 vagas necessárias foram abertas, o que diminui drasticamente as hipóteses de preenchimento.

A presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, destacou que este número é insuficiente dado que cada médico de família deve atender cerca de 1.600 utentes e, atualmente, há mais de 1,6 milhões de pessoas sem médico de família. Bordalo e Sá defendeu a necessidade de criar, pelo menos, mil vagas para conseguir responder à demanda.

“A abertura de apenas metade das vagas previstas é preocupante e causa revolta entre os profissionais que desejam integrar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e não têm oportunidade”, afirmou.

A dirigente salientou que o Ministério da Saúde cometeu o mesmo erro do ano passado ao não abrir todas as vagas necessárias. “Isto é inaceitável. Este ano, a situação é ainda mais grave. O ministério deve garantir a totalidade das vagas para que mais pessoas possam escolher uma posição no SNS”, sublinhou.

Para protestar, a FNAM vai unir-se ao movimento "Uma Lista, Uma Vaga", organizando vigílias no próximo sábado, 28 de junho, às 19:30, no Centro de Saúde Norton de Matos, em Coimbra, e na Câmara Municipal do Porto. Joana Bordalo e Sá estará presente em ambos os locais.

A federação também se juntou à petição pública que exige a abertura de todas as vagas em Medicina Geral e Familiar e a realização de concursos de mobilidade regulares, já com 3.225 assinaturas. Esta iniciativa busca levar a discussão sobre a sustentabilidade do SNS ao parlamento.