Greve na Novadis gera divergências nas contagens de adesão

A greve na Novadis, que teve início a 18 de outubro e se estende por um período de oito dias, registou uma adesão significativa na plataforma do Norte, com o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab) a indicar uma participação entre "65% a 70%". João Paulo Carvalho, delegado do sindicato, afirmou que "metade dos camiões não saíram para a rua", resultando na necessidade de "muitos clientes terem de buscar as encomendas ao armazém".

Na plataforma do Canelas, localizada em Vila Nova de Gaia, participaram na greve "13 a 14 pessoas entre um total de 24". No entanto, numa resposta à agência Lusa, uma fonte oficial da Novadis contradisse este número, afirmando que a adesão à greve foi, na verdade, de apenas "0,4% do total de colaboradores".

Integrada no grupo SCC (Sociedade Central de Cervejas e Bebidas), sob a alçada do grupo Heineken, a Novadis atua na distribuição e venda de várias marcas, incluindo a famosa cerveja Sagres. Os trabalhadores da empresa manifestam a sua frustração por serem os únicos no grupo sem a aplicação do Acordo Coletivo de Trabalho da SCC-Heineken. Além disso, acusam a administração de recusar discutir o seu caderno reivindicativo, que inclui pedidos de aumentos salariais.