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Guatemala e Honduras firmam acordos com os EUA para acolhimento de refugiados

Os governos da Guatemala e das Honduras assinaram acordos com os Estados Unidos para acolher requerentes de asilo, oferecendo alternativas a estas pessoas que buscam proteção.

26/06/2025 23:35
Guatemala e Honduras firmam acordos com os EUA para acolhimento de refugiados

A Guatemala e as Honduras selaram recentemente um entendimento com os Estados Unidos, destinado a proporcionar abrigo a indivíduos de outras nações que, de outra forma, buscariam asilo no território norte-americano. A informação foi confirmada pela secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, que descreveu esses acordos como uma alternativa viável para os requerentes de asilo além dos Estados Unidos.

Noem, que concluiu uma visita à América Central, destacou que esses acordos estavam em preparação há vários meses, com a administração Trump a instar Honduras e Guatemala a avançar com a iniciativa. "Honduras e agora a Guatemala serão os países que receberão esses indivíduos e que lhes concederão o estatuto de refugiados", sublinhou.

Durante o primeiro mandato de Trump, os Estados Unidos já haviam assinado acordos similares com Honduras, El Salvador e Guatemala, conhecidos como acordos de terceiro país seguro. Estes acordos permitiram que os EUA declarassem certos requerentes de asilo inelegíveis para proteção no país, transferindo-os para países considerados seguros.

Estes novos acordos surgem num contexto em que os três países centro-americanos enfrentam altos níveis de emigração de seus cidadãos, que buscam fugir da violência e da falta de oportunidades. Além disso, os sistemas de asilo desses países muitas vezes carecem de recursos adequados.

Em fevereiro, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ratificou acordos com El Salvador e Guatemala, que possibilitam a deportação de migrantes de outras nações para aqueles países. Contudo, no caso da Guatemala, a ideia era que servisse apenas como um ponto de trânsito e não um destino para pedidos de asilo.

A Presidente do México, Claudia Sheinbaum, reafirmou na terça-feira a sua posição contrária a assinar um terceiro acordo de país seguro, apesar de o México ter aceitado mais de 5.000 migrantes deportados dos EUA desde a posse de Trump, por motivos humanitários, ajudando-os a retornar aos seus países de origem.

A administração Trump também mantém acordos com Panamá e Costa Rica para acolher migrantes de outros países, mas até agora as transferências têm sido relativamente limitadas, com apenas 299 migrantes enviados para o Panamá em fevereiro e menos de 200 para a Costa Rica.

Esses acordos ampliam as opções disponíveis para as autoridades norte-americanas, especialmente para migrantes provenientes de países onde o retorno direto se revela mais complicado.

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