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Helis do INEM em risco de atraso, ministra garante soluções até quinta-feira

Ana Paula Martins, ministra da Saúde, reconhece dificuldades na operacionalização dos helicópteros de emergência médica, mas afirma que os entraves serão resolvidos até à próxima quinta-feira.

há 5 horas
Helis do INEM em risco de atraso, ministra garante soluções até quinta-feira

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu na manhã de hoje que existem "constrangimentos" significativos para garantir a operação dos helicópteros de emergência médica a partir de 01 de julho em Portugal. Contudo, ela mostrou-se otimista, assegurando que as dificuldades serão "clarificadas" e resolvidas "muito prontamente entre hoje e amanhã [quinta-feira]".

Na inauguração da sessão solene do bicentenário da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, a ministra salientou: "Estamos a ultimar soluções para assegurar que, a partir do dia 01 de julho, possamos continuar a contar com as aeronaves necessárias no nosso sistema de emergência médica."

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tinha já indicado em 05 de junho que possuía alternativas, caso o contrato para os quatro helicópteros não estivesse em vigor a tempo devido à falta de visto do Tribunal de Contas. As opções poderiam incluir o uso do operador atual ou de outras empresas que cumpram os requisitos exigidos.

O INEM reiterou que o concurso internacional para a execução do serviço foi atribuído à Gulf Med Aviation Services Limited em 26 de março de 2025, com o compromisso de operar quatro helicópteros H145 D3, devidamente equipados e com tripulações certificadas, incluindo pilotos fluentes em português.

Contudo, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) expressou preocupações, alegando que existem "várias falhas" no cumprimento dos requisitos e afirmando não ter indícios de que os helicópteros foram entregues ou que os pilotos estão prontos para iniciar funções. O presidente do SPAC, Hélder Santinhos, afirmou: "Queremos genuinamente estar enganados, mas os sinais indicam que a transição de operadores não está bem preparada, o que coloca em risco os cidadãos que necessitam de socorro."

O contrato atribuído à Gulf Med Aviation é avaliado em aproximadamente 77,4 milhões de euros e a empresa terá até 01 de julho para colocar os helicópteros em funcionamento, assegurando a resposta de emergência médica aérea até 2030.

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