Hezbollah reafirma necessidade de recuperar território libanês de Israel
Naim Qassem, líder do Hezbollah, destaca a importância de libertar o Líbano das ocupações israelitas, mesmo após o cessar-fogo, e exalta a resiliência do Irão na luta regional.

Naim Qassem, o líder do Hezbollah, abordou, em um discurso televisivo, a essencialidade de restaurar a soberania libanesa e não ceder a Israel, que ainda mantém ocupadas cinco colinas no sul do Líbano, apesar do atual cessar-fogo. “A nossa escolha é a libertação da terra e a construção de um país soberano, sem submissões ao inimigo. Resistiremos pelo nosso país, independentemente dos sacrifícios necessários”, afirmou Qassem, numa alusão ao iminente feriado xiita de Ashura.
Apesar da trégua nas hostilidades, Israel ainda despacha tropas para diversas áreas do Líbano e continua a realizar bombardeamentos quase diários no território. A recente escalada de violência resultou na morte de um alegado comandante das forças de elite do Hezbollah, bem como de um membro do seu batalhão de observação.
No seu discurso, Qassem também elogiou o Irão, aliado do Hezbollah, pelo seu papel na recente guerra contra Israel, que se prolongou durante quase duas semanas, na qual o Irão sofreu perdas significativas, incluindo a morte de diversos líderes e atacas às suas instalações nucleares e militares. Segundo ele, “o Irão ergue-se autonomamente, sem apoio de outras nações, mostrando a sua força e capacidade de resistência”.
Qassem criticou a agressão que o Irão tem enfrentado por apoiar a luta pela libertação da Palestina, considerando-o um bastião de defesa para o Hezbollah. O Irão figura como líder do “Eixo da Resistência”, uma aliança que inclui o movimento Hamas, os houthis do Iémen e várias milícias iraquianas aliadas.
A guerra na Faixa de Gaza, que se intensificou desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, resultou em mais de 56.000 mortos e 131.000 feridos, sendo a maioria civis. O conflito também presenciou a contínua tensão entre Israel e Hezbollah, juntamente com a intervenção dos houthis.