Intensificação dos Conflitos na Ucrânia: Avanço Russo em Dnipropetrovsk e Preparativos em Zaporíjia

Os combates na Ucrânia encontram-se em forte intensificação, com as tropas russas a direcionarem os seus esforços para a fronteira administrativa da região de Dnipropetrovsk. A agência de notícias ucraniana Ukrinform reporta que esta ofensiva está a resultar em confrontos acesos na zona, onde o major ucraniano Viktor Trehubov descreveu terça-feira como "um dia de elevada tensão e atividade intensa em toda a linha de frente".

O major Trehubov afirmou que "é um indicativo claro de que a campanha de verão da Rússia está em marcha", explicando que os objetivos russos incluem a conquista das fronteiras de Dnipropetrovsk, a ruptura do centro da região de Donetsk e a intensificação da pressão em frentes diversas. "Embora sejam operações de combate já previstas, a intensidade é extremamente elevada", acrescentou.

Paralelamente, na região de Zaporíjia, surgem informações sobre a mobilização de tropas russas nas linhas da frente, particularmente nas áreas de Orikhiv e Huliaipole. Vladyslav Voloshyn, o porta-voz das Forças de Defesa do Sul da Ucrânia, revelou numa emissão televisiva que "nos últimos dias, as forças russas têm concentrado novos recursos e armamento em direção a Zaporíjia".

Voloshyn também mencionou que estão a ser realizadas preparações e reconhecimento para operações futuras, prevendo-se uma escalada nas ações russas em breve, que incluirão ataques com pequenos grupos de infantaria.

Na terça-feira, as autoridades locais de Dnipro anunciaram que os ataques aéreos russos resultaram na morte de pelo menos 17 pessoas e 279 feridos, caracterizando este ataque como um dos mais mortais das últimas semanas. Serguiï Lyssak, líder da administração militar da região, partilhou o trágico balanço de vítimas através da plataforma Telegram.

Antes desses ataques, o número de mortes era reportado em 11, refletindo o impacto brutal da ascenção dos bombardeios sobre a população civil. Estes ataques da Rússia surgem após uma série de operações por parte da Ucrânia direcionadas ao território russo, e acontecem num contexto de crescente tensão, na véspera da cimeira da NATO que se realiza em Haia, nos Países Baixos, onde estão presentes 32 nações da aliança, além de convidados provenientes da Ucrânia e da região do Indo-Pacífico.

A cimeira tem como um dos focos a decisão dos Estados-membros para aumentar o investimento em defesa, estabelecendo como meta alocar pelo menos 5% do PIB na área, dividindo 3,5% para investimento direto e 1,5% para projetos de uso duplo.