Trump equaciona ataque ao Irão com Hiroshima: "Semelhanças que não se podem ignorar"
O Presidente dos EUA fez uma controvérsia comparação entre os bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial e os recentes ataques às instalações nucleares iranianas, suscitando debate internacional.

Na passada quarta-feira, durante uma cimeira da NATO em Haia, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma comparação polémica entre os ataques aos centros nucleares do Irão e os bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki, afirmando que "foi essencialmente a mesma coisa".
Trump explicou que esses episódios históricos, que resultaram na rendição do Japão e no fim da Segunda Guerra Mundial, demonstram como “isto acabou com uma guerra”. O Presidente sublinhou a sua convicção de que, se os Estados Unidos não tivessem tomado medidas para destruir as instalações nucleares iranianas, a situação seria muito mais complicada.
No entanto, Trump reconheceu que os relatórios subsequentes a estes ataques não ofereciam informações conclusivas: "Os serviços secretos foram muito inconclusivos. Os danos podem ter sido muito graves, é isso que os serviços secretos sugerem," afirmou.
Trump também expressou a sua preocupação sobre a possibilidade de o Irão enriquecer urânio, garantido que os EUA não permitiriam essa situação. "Acredito que foi uma obliteração total, acredito que eles não tiveram hipótese de fazer nada, porque agimos rapidamente", disse.
O Presidente mostrou-se ainda orgulhoso dos esforços de cessar-fogo entre Israel e o Irão, sublinhando que o acordo está a prosperar, embora tenha expressado frustração com a continuidade dos ataques por parte de Israel logo após as negociações.
Por outro lado, o secretário de Estado da Defesa, Pete Hegseth, confirmou que o FBI está a investigar a divulgação de informações sobre os danos das infraestruturas iranianas, que variam entre "moderados a graves".
Trump utilizou a sua plataforma Truth Social para criticar a cobertura mediática do ataque, acusando a CNN e o The New York Times de minimizarem a dimensão da operação militar.
Após conversas entre Netanyahu e Trump, Israel anunciou a suspensão dos ataques ao Irão, com ambas as partes a assegurarem que o cessar-fogo será respeitado, desde que a outra parte cumpra com o acordo.