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Conflito em Gaza agrava-se com a perda de vidas

Um dia sombrio para israelitas e palestinianos, com a morte de 13 pessoas. O primeiro-ministro de Israel lamenta a perda de soldados, enquanto Gaza vê o aumento das vítimas civis.

há 3 horas
Conflito em Gaza agrava-se com a perda de vidas

As autoridades israelitas e palestinianas expressaram o seu pesar pelo falecimento de 13 pessoas na Faixa de Gaza, num momento crítico do conflito que se arrasta há mais de 20 meses. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descreveu este dia como "muito difícil" após a morte de sete soldados israelitas durante um ataque na cidade de Khan Younis.

Netanyahu, em uma mensagem nas redes sociais, destacou que os soldados "heroicos" perderam a vida na luta contra o Hamas, enquanto tentavam salvar reféns na região sul da Faixa de Gaza. A informação sobre os soldados mortos foi confirmada por uma autoridade militar israelita, que indicou que o carro blindado dos soldados foi alvo de um dispositivo explosivo.

Simultaneamente, em Gaza, testemunhas e instituições de saúde relataram que as forças israelitas abriram fogo contra palestinianos que aguardavam ajuda humanitária, resultando na morte de pelo menos 44 pessoas. Mahmoud Baçal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, informou que seis civis foram mortos e 30 ficaram feridos devido a disparos israelitas enquanto esperavam por alimentos.

A distribuição de ajuda na região tem-se revelado caótica, com pessoas a reunir-se todas as noites em busca de alimentos. Além disso, novos ataques aéreos israelitas em várias áreas da Faixa de Gaza provocaram a morte de mais 14 pessoas, incluindo uma jovem.

Por outro lado, um responsável do Hamas declarou que as discussões sobre um cessar-fogo nunca cessaram e até se intensificaram. A escalada do conflito teve início em outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel, resultando em cerca de 1.200 mortes e mais de 250 reféns.

Israel, em resposta, prometeu erradicar o Hamas e tem intensificado os seus bombardeamentos na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que mantém a restrição à entrada de bens essenciais. Após um bloqueio severo a partir de março, houve um alívio parcial em maio, permitindo a entrada de ajuda, mas controlada por uma organização com vínculos a Israel e aos Estados Unidos, o que levantou preocupações sobre a imparcialidade.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos caracterizou o uso de alimentos como arma em Gaza como um "crime de guerra", apelando para que o exército israelita cesse os disparos contra civis que procuram assistência.

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