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Kaja Kallas minimiza declarações de Trump sobre Espanha e assegura possibilidades de consenso na NATO

A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, afirmou que é viável alcançar acordos na NATO, apesar das diferentes opiniões internas, após Trump ter classificado Espanha como um "problema".

24/06/2025 18:25
Kaja Kallas minimiza declarações de Trump sobre Espanha e assegura possibilidades de consenso na NATO

A alta representante da União Europeia, Kaja Kallas, abordou esta terça-feira as tensões geradas pelas declarações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a sua deslocação a Haia para a cimeira da NATO. Em resposta a comentários de Trump, que considerou que "Espanha é um problema" por não apoiar o compromisso de 5% do PIB para a defesa, Kallas destacou que, embora existam várias opiniões públicas dentro da UE, "é sempre possível chegar a acordo".

Falando com jornalistas, Kallas frisou que a União Europeia é composta por 27 democracias, o que acarreta inevitavelmente divergências de opiniões. “Temos de considerar isso, mas, no fim, conseguimos sempre encontrar soluções comuns”, acrescentou no centro de imprensa do evento.

Desde Washington, Trump voltou a criticar Espanha, alegando injustiça para com os aliados que cumprem as metas estabelecidas. No mesmo dia, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, contradisse as declarações do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que afirmara ter conseguido uma isenção do investimento mínimo em defesa. Rutte reforçou que Espanha não está isenta dessa responsabilidade.

Em resposta à crescente pressão por um aumento dos investimentos em defesa, o governo espanhol reiterou que há um compromisso que permite flexibilidade nos gastos, ao qual se aliam os esforços de um reforço defensivo por parte da NATO, especialmente em tempos de instabilidade geopolítica.

A cimeira na cidade de Haia, que decorre esta terça e quarta-feira, é vista como uma oportunidade para os 32 países da Aliança Atlântica reforçarem o compromisso com um aumento das despesas militares, prevendo-se acordos que elevem o investimento em defesa para 3,5% do PIB nos gastos tradicionais e 1,5% em áreas de dupla utilização.

Portugal é representado na cimeira por Luís Montenegro, primeiro-ministro, acompanhado pelos ministros Paulo Rangel e Nuno Melo, responsáveis pelos Negócios Estrangeiros e pela Defesa, respetivamente.

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