Kallas alerta para o aumento da violência colonial na Cisjordânia

A Alta Representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança, Kaja Kallas, expressou hoje a sua preocupação com a deterioração da situação na Cisjordânia ocupada, enfatizando a necessidade urgente de abordar a escalada da violência perpetrada por colonos israelitas contra a população palestiniana.

Na sua declaraçã o, Kallas destacou o aumento das agressões e a recente morte de três palestinianos na aldeia de Kafr Malik, ocorrida na quarta-feira. “É imperativo pôr um fim a esta situação”, afirmou, referindo-se ao clima de medo e intimidação instalado pelos colonos israelitas, que frequentemente destruem casas e propriedades de palestinianos.

A representante europeia fez um apelo a Israel para que implemente medidas concretas que previnam novos atos de violência e que os responsáveis por tais crimes sejam levados à justiça. “A responsabilização é crucial”, acrescentou.

A União Europeia reiterou que os colonatos são considerados ilegais segundo o direito internacional e representam um sério obstáculo à paz na região.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho Europeu, o presidente da UE, António Costa, revelou que Kaja Kallas analisará os próximos passos sobre o acordo de associação entre Bruxelas e Telavive.

Adicionalmente, um recente relatório da diplomacia da UE indicou que Israel poderá estar em violação do acordo de associação com a União Europeia, particularmente no que diz respeito ao respeito pelos direitos humanos, à luz das suas ações na Faixa de Gaza, onde se desenrola um conflito entre as forças israelitas e o grupo extremista Hamas desde outubro de 2023.