Ministra da Saúde reafirma compromisso em meio a controvérsia sobre INEM

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, fez questão de redobrar a sua posição sobre as recentes acusações relacionadas à morte de um cidadão durante a greve no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no final do ano passado. Em declarações à imprensa, Martins afirmou que estará disponível para esclarecer as dúvidas no Parlamento, se necessário, e garantiu que não se desviará das suas "responsabilidades" políticas.

Após a divulgação do relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), a ministra revelou que o Ministério da Saúde solicitou ao INEM a implementação das recomendações apontadas, que já estavam a ser preparadas. Ana Paula Martins sublinhou que, apesar da controversa situação, não existiu uma relação direta entre a greve e o incidente lamentável. "Nunca fugirei às minhas responsabilidades, mas o relatório é claro e convido os jornalistas a lê-lo na totalidade", declarou.

Ainda que se tenha intensificado a pressão para a sua demissão, Ana Paula Martins reafirmou que continuará a trabalhar sob a liderança do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e não se esquivará de prestar contas à Assembleia da República. "Estou aqui para responder ao que for necessário", destacou.

O Partido Socialista (PS) já manifestou a intenção de convocar a ministra de forma urgente no Parlamento para discutir o relatório da IGAS, considerando que chegou o momento de que Ana Paula Martins "assuma as suas responsabilidades". A deputada socialista Mariana Vieira da Silva comentou: "Neste caso, é importante que a ministra não se esconda".

No que diz respeito à operação dos helicópteros do INEM, a ministra garantiu que Portugal não ficará sem este apoio aéreo crucial, enquanto se trabalham soluções em conjunto com o Ministério da Defesa e as Forças Armadas, principalmente a Força Aérea.