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Montenegro procura diálogo político com PS e Chega, mas sem acordos permanentes

O primeiro-ministro Luís Montenegro afirmou que tentará encontrar consensos políticos com o PS e Chega, enquanto rejeitou acordos parlamentares permanentes, defendendo a estabilidade governativa.

25/06/2025 22:15
Montenegro procura diálogo político com PS e Chega, mas sem acordos permanentes

Em entrevista à RTP, realizada em Bruxelas antes de um Conselho Europeu, o primeiro-ministro Luís Montenegro expressou a intenção de buscar consensos políticos "se possível" com o Partido Socialista (PS) e com o Chega. No entanto, sublinhou que não está disposto a estabelecer qualquer "acordo parlamentar permanente" com estas forças.

Montenegro destacou que "o povo português desejou que a orientação da política governativa seguisse o nosso programa", mas também enfatizou a necessidade de diálogo com as forças de oposição que detêm maior representação, nomeadamente o PS e o Chega. "Se for viável, tentaremos fazer entendimento com ambas as partes", afirmou.

O primeiro-ministro disse ainda que, caso não seja possível o consenso com os dois partidos, irá procurar aproximação "com aquele que estiver mais disposto a garantir os compromissos assumidos perante os eleitores". "Existem compromissos comuns a todos os partidos, bem como acordos específicos entre a AD e o PS, e entre a AD e o Chega", acrescentou.

Sublinhando a importância de consenso nas áreas de soberania, como a Defesa, e nas questões de segurança e imigração, Montenegro enfatizou haver um "relativo consenso na sociedade portuguesa" sobre estes temas. "O PS fez alguma evolução em relação à imigração na legislatura anterior, e espero que não se excluam de um diálogo que está a ser tentado em relação às posições do Governo PSD/CDS-PP", disse.

Embora reconheça que o Chega possui algumas posições mais extremadas, Montenegro admitiu que a formação apresenta propostas que, de forma geral, se alinham com a necessidade de mais regulação e integração. "Se conseguirmos uma maior abrangência parlamentar, isso refletirá a vontade política do povo português e proporcionará estabilidade nas políticas essenciais para o futuro", concluiu.

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