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Multidão em Lisboa protesta contra militarização e apela pela paz

Em Lisboa, dezenas de manifestantes juntaram-se para criticar a crescente militarização em contexto da Cimeira da NATO, exigindo paz e o reconhecimento do Estado Palestiniano.

24/06/2025 22:10
Multidão em Lisboa protesta contra militarização e apela pela paz

Hoje, dezenas de cidadãos reuniram-se na praça José Saramago, em Lisboa, para um protesto contra a "corrida ao armamento", coincidente com o início da Cimeira da NATO em Haia. Com o lema 'Paz sim! NATO não!', a manifestação, convocada pela CGTP e pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), destacou também a necessidade de um compromisso pacífico em relação à situação no Médio Oriente.

Portando faixas que proclamavam "Bloco político militar não, sistema de segurança coletiva sim", os participantes ergueram bandeiras com pombas e cartazes que exigiam o fim da "escalada da guerra", sublinhando a luta pela liberdade da Palestina.

Isabel Camarinha, da direção nacional do CPPC, explicou à Lusa que o protesto surgiu da urgência de intervir num cenário marcado pela intensidade das guerras e pela significativa despesa militar. "Os povos precisam de viver em paz e segurança", afirmou, defendendo a dissolução da NATO, que, segundo ela, tem promovido conflitos em diferentes partes do mundo.

A dirigente lembrou que a Constituição Portuguesa, concebida após a Revolução dos Cravos, defende que as relações internacionais devem priorizar a resolução pacífica de conflitos e o desarmamento. Camarinha criticou a contínua presença da NATO como um exemplo de militarização excessiva, apelando para um reconhecimento oficial do Estado da Palestina pelo Governo português.

Dinis Lourenço, membro do conselho nacional da CGTP, destacou o papel da NATO como agente de desestabilização global e condenou o discurso bélico presente na cimeira. Ouvindo as vozes unidas dos manifestantes, Lourenço sublinhou a necessidade urgente de priorizar investimentos em serviços públicos e sociais, em detrimento do aumento das despesas militares.

O protesto de hoje serviu também para anunciar uma nova concentração "pela paz no Médio Oriente" marcada para o dia 5 de julho em Lisboa, enquanto outra manifestação contra a NATO está agendada para a próxima quarta-feira no Porto.

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