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Oposição moçambicana clama por união para garantir plena autonomia

Partidos da oposição em Moçambique destacam problemas sociais persistentes após 50 anos de independência e pedem uma união urgente para alcançar uma verdadeira autonomia nacional.

há 4 horas
Oposição moçambicana clama por união para garantir plena autonomia

Durante a comemoração dos 50 anos de independência de Moçambique, os partidos da oposição levantaram sérias preocupações sobre os desafios sociais enfrentados pela nação desde 1975. Albino Forquilha, presidente do partido Podemos, destacou a necessidade de uma "união urgente" para assegurar uma autonomia efetiva, afirmando: "Cinco décadas após a independência, os moçambicanos ainda lidam com questões de respeito pelas políticas públicas e pelos seus direitos económicos, sociais e culturais."

Forquilha fez este apelo em Maputo, simbolizando uma representação da oposição num momento crucial de reflexão. Ele lamentou que, apesar dos progressos feitos desde a luta pela liberdade, muitos dos ideais de igualdade e dignidade ainda não foram plenamente realizados: "A liberdade de pensamento e de escolha são direitos que ainda estão em risco e que precisamos de proteger."

O líder do Podemos também observou que o desenvolvimento humano e a paz estão aquém do desejável e que o país se encontra distante da "fraternidade" pela qual todos lutaram. Para ele, a solução para os problemas atuais passa pela união de todos os sectores da sociedade moçambicana.

"Esta reflexão é um convite a todos nós para levantarmos a cabeça e unirmo-nos, tal como fizemos em 1964. Devemos lutar por uma efetiva independência, total e completa, tendo como guia os princípios de liberdade, igualdade, fraternidade e dignidade nos próximos 50 anos," concluiu.

A celebração do meio século de independência congregou diversas figuras importantes, incluindo o Presidente da República, Daniel Chapo, e líderes de vários países. As atividades centrais aconteceram no Estádio da Machava, um local emblemático que remete à história da luta pela independência, com a previsão de um público de cerca de 40.000 pessoas.

O Podemos, fundado em 2019 por dissidentes da Frelimo, tem ganho espaço na política moçambicana, conseguindo torná-los o maior partido da oposição nas recentes eleições, superando a longa hegemonia da Renamo desde 1994.

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