Ozono em Oeiras: Níveis preocupantes não comunicados à população, alerta Zero
A associação ambientalista Zero denuncia que em Oeiras a concentração de ozono excedeu o limite de informação sem aviso à população e prevê novas ultrapassagens no dia seguinte.

A concentração de ozono em Oeiras registou valores alarmantes, ultrapassando o limiar de informação na tarde de sábado, das 16h00 às 17h00. Segundo a associação ambientalista Zero, o nível alcançado foi de 193 µg/m³, quando o limite estabelecido é de 180 µg/m³. O mais preocupante é que a população não foi alertada sobre esta situação, apesar da obrigatoriedade de comunicar tais ocorrências.
A Zero salienta que, de acordo com modelos de qualidade do ar, é possível que novas ultrapassagens venham a ocorrer, especialmente nas regiões Norte litoral, Lisboa e Vale do Tejo, ao longo da jornada de domingo.
Em Portugal, os limites de ozono são regulados, sendo o objetivo fixado em 120 µg/m³ para a proteção da saúde e do ambiente. Quando as concentrações de ozono sobem, a exposição a esses níveis pode desencadear problemas respiratórios, como irritação dos pulmões, tosse e crises de asma, afetando principalmente crianças, idosos e indivíduos com doenças respiratórias.
Para mitigar os riscos associados às altas concentrações de ozono, é aconselhado que os cidadãos permaneçam em locais fechados e evitem atividades físicas intensas. A Zero defende que a Proteção Civil emita avisos por SMS quando ocorrem ultrapassagens, uma vez que os períodos em que as concentrações excedem os limites são frequentemente curtos, variando de uma a algumas horas.
Adicionalmente, a associação propõe que haja uma comunicação proativa sobre a probable ocorrência de situações de alerta, utilizando SMS da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil para informar as populações das áreas afetadas. É importante que a informação sobre a qualidade do ar esteja acessível, embora a Zero mencione a falta de dados nas estações de monitorização no Alentejo.