Economia

Portugal mantém resiliência energética perante tensões globais

A ministra do Ambiente e Energia reafirma a solidez do sistema energético nacional, destacando a independência das fontes de abastecimento frente à instabilidade no Médio Oriente.

23/06/2025 19:15
Portugal mantém resiliência energética perante tensões globais

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, afirmou hoje que não considera necessário intervir nas políticas de combustíveis em resposta à guerra no Médio Oriente. A ministra elogiou a diversificação das fontes de energia em Portugal, que permitem ao país minimizar a dependência das áreas conflituosas.

Sobre a possibilidade de redução da taxa de carbono ou do imposto sobre combustíveis, Carvalho esclareceu que o Governo está a monitorizar a situação relacionada com o conflito que envolve Israel, Irão e Estados Unidos, e que as decisões serão tomadas quando a situação exigir.

Com os preços do petróleo a apresentar instabilidade devido à guerra, incluindo ameaças do Irão de bloquear o estreito de Ormuz, a ministra sublinhou que esta importante via marítima não afeta diretamente Portugal. “Temos a sorte de contar com uma diversidade considerável de fontes energéticas. Mais de 80% da nossa eletricidade provém de fontes renováveis e importamos mais de 40% do petróleo do Brasil, seguido pela Argélia. A importação de gás vem principalmente da Nigéria e dos Estados Unidos”, disse.

“Naturalmente, qualquer problema no estreito de Ormuz repercute-se no mercado global, e estamos atentos a esta situação”, acrescentou Maria da Graça Carvalho, recordando que existem mecanismos na União Europeia que permitem ações imediatas dos Estados-membros em resposta a aumentos de preços da eletricidade.

Portugal possui ainda reservas estratégicas para três meses, com esforços contínuos para aumentá-las. Para garantir uma resposta eficaz às mudanças no setor energético, foi criado um gabinete no Ministério do Ambiente e Energia, que, além da ministra e do secretário de Estado da Energia, inclui representantes da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e a REN - Redes Energéticas Nacionais, entre outras entidades.

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