Cultura

Revelações no Vaticano: Restauro dos Frescos de Rafael Transforma a História da Arte

A restauração da Sala Constantino nos Museus do Vaticano revelou novas técnicas de Rafael, destacando a importância deste ícone do Renascimento na arte.

há 3 horas
Revelações no Vaticano: Restauro dos Frescos de Rafael Transforma a História da Arte

Na última quinta-feira, os Museus do Vaticano celebraram a reabertura da Sala Constantino, um espaço dedicado ao renomado pintor do Renascimento italiano, Rafael Sanzio, que marca o fim de uma década de restauro. Barbara Jatta, diretora dos museus, destacou que este trabalho permitiu "reescrever parte da história da arte".

A Sala Constantino, que foi adornada pelo talentoso artista e seus alunos no início dos anos 1500, é uma homenagem ao imperador romano que anunciou o cristianismo no século IV. O restauro e as suas inovações técnicas colocam esta sala a par da icônica Capela Sistina, de Michelangelo, contemporâneo de Rafael.

Convocado por Papa Júlio II em 1508, Rafael, então com apenas 25 anos, recebeu a grande responsabilidade de embelezar uma ala no Palácio Apostólico, um marco na sua curta, mas brilhante carreira. Relatos históricos sugerem que ele pretendia aplicar tinta a óleo diretamente na parede, uma técnica inovadora que visava conferi maior luminosidade às suas obras.

Após 10 anos de meticuloso restauro, verificou-se que as figuras femininas Justiça e Cortesia eram, de fato, óleo sobre a parede, desmistificando a ideia de que todo o trabalho se tratava de frescos. Fabio Piacentini, um dos restauradores principais, afirmou que esta confirmação era uma prova tangível da habilidade de Rafael.

Infelizmente, Rafael faleceu a 6 de abril de 1520, aos 37 anos, deixando a conclusão da sala nas mãos de seus discípulos, que não dominaram a técnica que ele utilizou. Além disso, durante o processo de restauro, foi descoberto que o artista tinha planos para mais pinturas a óleo. Os técnicos encontraram uma série de pregos, originalmente pensados para fixar uma superfície de resina, revelando a abordagem inovadora de Rafael.

A culminação do projeto incluía o teto, que foi pintado por Tommaso Laureti e que serve como um excelente exemplo da perspectiva renascentista. A obra representa uma tapeçaria ilusória intitulada 'Triunfo do Cristianismo sobre o Paganismo'.

Ainda que as Salas Rafael tenham permanecido acessíveis durante o restauro, agora estão finalmente desprovidas de andaimes, prontas para receber os numerosos visitantes em época do Jubileu de 2025 nos Museus do Vaticano.

#RafaelNoVaticano #HistóriaDaArte #RestauroSurpreendente