TikTok promete eliminar 98% do conteúdo nocivo para a saúde mental
Uma análise revela que quase metade dos conteúdos sobre saúde mental no TikTok é enganosa, mas a plataforma afirma que 98% do material prejudicial é removido proativamente.

Um estudo realizado pelo The Guardian revelou preocupantes deficiências em vídeos sobre saúde mental na plataforma TikTok. No total, foram analisados os 100 vídeos mais vistos que abordam a temática, e mais de 50% deles foram considerados imprecisos ou potencialmente perigosos por um grupo de especialistas, incluindo psicólogos e psiquiatras.
Esses vídeos, que utilizam a hashtag #mentalhealthtips, propagam desinformação relacionada a condições como ansiedade e depressão. Os especialistas alertaram sobre o uso inadequado de terminologia terapêutica e as sugestões simplistas para questões que requerem um tratamento mais profundo e individualizado.
Uma das psicólogas consultadas destacou que muitos dos vídeos criam a ilusão de que o processo de cura para traumas é simples e rápido, ignorando a necessidade de apoio profissional qualificado.
Em resposta a estas preocupações, o TikTok assegurou que a plataforma serve como um espaço para a expressão pessoal e partilha de experiências verdadeiras, garantindo que 98% do conteúdo nocivo à saúde mental é eliminado antes mesmo de ser sinalizado.
Além disso, a empresa disse estar em cooperação com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para disseminar informações corretas e direcionar os utilizadores a fontes confiáveis.
Em um esforço mais amplo para proteger os utilizadores, recentemente, o TikTok eliminou mais de 500.000 conteúdos associados à hashtag #SkinnyTok, que promoviam práticas prejudiciais à saúde relacionadas à perda de peso. Essa tendência, que acumulou mais de meio milhão de publicações, gerou preocupações junto de reguladores europeus sobre o seu impacto negativo na saúde mental dos jovens.