Tribunal da Relação mantém absolvição de 11 implicados nos incêndios de Pedrógão Grande
A decisão do Tribunal da Relação de Coimbra confirma a inocência dos 11 arguidos no caso dos trágicos incêndios de Pedrógão Grande, que resultaram em 63 mortos e 44 feridos.
O Tribunal da Relação de Coimbra reafirmou, hoje, a absolvição dos 11 arguidos envolvidos no processo relacionado com os incêndios de Pedrógão Grande, uma tragédia que causou 63 fatalities e deixou 44 feridos. A decisão foi divulgada através de uma nota à Agência Lusa, onde se informa que os recursos apresentados foram rejeitados, sustentando-se a posição adotada pelo Tribunal Judicial de Leiria em 13 de setembro de 2022.
No anterior julgamento, o tribunal tinha decidido absolver o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, que estava à frente das operações de socorro na altura, bem como dois representantes da antiga EDP Distribuição (atualmente E-Redes), José Geria e Casimiro Pedro, e três da empresa Ascendi: José Revés, Ugo Berardinelli e Rogério Mota.
A absolvição abrange ainda os ex-presidentes das câmaras de Castanheira de Pera e Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, assim como o atual presidente do Município de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu. Além destes, foram absolvidos o antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande, José Graça, e Margarida Gonçalves, então responsável pelo Gabinete Florestal da câmara.
Os denunciados enfrentavam acusações de homicídio por negligência e ofensa à integridade física, algumas das quais consideradas graves.