Trump como mediador de paz nas crises internacionais: do Médio Oriente à Ucrânia
Donald Trump, embora tenha recusado a nomeação para o Nobel da Paz, revela estratégias para resolver conflitos no Irão, Gaza e Ucrânia, partindo da sua recente visita à NATO.

Donald Trump, ainda sem o título de reeleito presidente dos Estados Unidos, já havia desafiado o mundo com promessas de encerrar a guerra na Ucrânia em apenas 24 horas. Apesar de a proposta ter sido rejeitada pela Rússia, a ideia de pacificar vários conflitos continua a estar presente na agenda do líder norte-americano.
Num contexto de tensões no Médio Oriente e a guerra em curso no Leste Europeu, a busca por paz tornou-se uma das prioridades do presidente. No último sábado, o governo do Paquistão anunciou que iria sugerir Trump para o Prémio Nobel da Paz devido à sua intervenção na crise com a Índia. "Num momento de intensa turbulência regional, o presidente Trump demonstrou uma lógica estratégica notável, contribuindo para um cessar-fogo entre as partes envolvidas", afirmou o governo, logo após uma reunião entre Trump e o chefe do Exército do Paquistão, Asim Munir, em Washington.
Trump não hesitou em comentar a proposta na sua plataforma Truth Social, afirmando: "Não aceitarei um Prémio Nobel da Paz por interceder na guerra entre a Índia e o Paquistão, mas as pessoas reconhecem o meu papel, e isso é o que realmente importa."
Durante a sua visita à cimeira da NATO em Haia, Trump reafirmou a sua intenção de "abrir caminho para a paz". Mencionou a sua estratégia de bombardeamentos às instalações nucleares iranianas como um passo significativo, acrescentando que a defesa dos países da NATO será reforçada rapidamente. "Este foi um caminho histórico para o cessar-fogo, que alguns já chamaram de guerra dos doze dias", refletiu o presidente.
A situação em Gaza também esteve em foco. Trump alegou ter alcançado "grandes progressos" rumo a um cessar-fogo entre Israel e o movimento Hamas, após um prolongado período de combates. A pressão aumenta sobre o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para terminar a guerra, exacerbada por um ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023.
Além disso, Trump dirigiu críticas a Vladimir Putin, afirmando que o líder russo precisa de pôr fim à guerra na Ucrânia, pois "muitas vidas estão em risco". Neste sentido, Trump revelou que irá entrar em contacto com Putin para discutir possibilidades de paz, reconhecendo a complexidade da situação atual em Ucrânia.