Von der Leyen solicita à Hungria que revogue proibição da marcha de Orgulho LGBT+
A Presidente da Comissão Europeia pede o fim das restrições à marcha de Orgulho LGBT+ em Budapeste e reafirma apoio à comunidade LGBTQI+.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, fez um apelo às autoridades húngaras para que suspendessem a proibição da marcha de Orgulho LGBT+, marcada para sábado em Budapeste, pedindo também a revogação de sanções contra os participantes. “A marcha do Orgulho deve poder realizar-se sem receio de represálias”, escreveu Von der Leyen na rede X.
A dirigente europeia assegurou ser uma aliada da comunidade LGBTQI+ na Hungria e noutros países, enfatizando a importância da liberdade de expressão e do direito à reunião pacífica.
Atualmente, em Budapeste, há um conflito entre a polícia, que decidiu proibir a manifestação, e o presidente da câmara, que se opõe ao governo do primeiro-ministro nacionalista Viktor Orban e está determinado a permitir a realização do evento.
Uma carta do ministro da Justiça húngaro, Bence Tuzson, informava que nem os embaixadores nem os seus funcionários dos países da União Europeia deveriam participar na marcha, frisando que “o Pride é um evento proibido”. Apesar dessas advertências, um número significativo de eurodeputados expressou a intenção de estar presente na manifestação.
Os organizadores da marcha esperam que a participação supere os recordes anteriores, mesmo após as declarações de Orban, que sugeriu que seria um "desperdício de tempo e dinheiro" a preparação para o desfile. O primeiro-ministro já propôs alterações legislativas a favor da "proteção das crianças", aumentando a pressão sobre este evento.
A proibição foi formalmente imposta no dia 19 de junho, mas o presidente da câmara de Budapeste, membro de um partido ecologista, declarou que o evento poderá realizar-se sem autorização oficial, sustentando que estas manifestações municipais não necessitam de aprovação das autoridades.
As autoridades húngaras pediram que a marcha fosse transferida para locais fechados, para evitar a presença de menores e, em 27 de maio, Portugal, juntamente com outros 16 Estados-Membros da União Europeia, instou a Comissão Europeia a intervir. A declaração, apoiada por países como a Alemanha, Áustria e Bélgica, enfatizava a preocupação com os direitos fundamentais afetados pelas recentes medidas.