Alto Minho Alerta para a Retirada de Helicóptero na Luta Contra Incêndios

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho manifestou preocupações significativas com a recente decisão do Governo de transferir um helicóptero de combate a incêndios, que se encontrava em Arcos de Valdevez, para Portalegre. Esta alteração levanta alertas sobre a necessidade de reforço imediato dos meios disponíveis, especialmente em face de previsíveis situações meteorológicas ou operacionais adversas.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a CIM, que integra os dez municípios do distrito de Viana do Castelo, sublinhou que, se o cenário se agravar, é vital que o dispositivo de combate a incêndios na região seja robustecido de forma expedita. A entidade enfatizou que “a solidariedade com outras regiões é inquestionável,” mas de igual forma, espera que o Alto Minho receba a atenção necessária em situações urgentes.

Na quarta-feira, Rui Rocha, Secretário de Estado da Proteção Civil, anunciou que um dos dois aviões ainda em manutenção será deslocado para substituir os cinco meios aéreos em falta no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2025, criando um clima de incerteza na segurança da região.

A retirada do helicóptero ocorre em plena preparação para o crítico período de incêndios, numa área que apresenta um dos maiores riscos e históricos de incêndios florestais, devido à vasta área florestal, relevo acidentado e à presença do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Com uma extensão total de 222 mil hectares e 208 freguesias, o distrito tem 99 freguesias consideradas prioritárias na prevenção de incêndios. A CIM confirma que, apesar da manutenção de um meio aéreo em Arcos de Valdevez, continuará a manter uma vigilância ativa face aos desafios que se aproximam.

Destacando a importância da gestão equilibrada dos recursos em todo o país, a CIM do Alto Minho elogia ainda o empenho dos operacionais, incluindo bombeiros, sapadores florestais, forças de segurança e voluntários, que todos os anos desempenham um papel crucial na proteção de vidas e património.

A CIM foi criada em outubro de 2008 e é composta por municípios de diversas orientações políticas, desde o PSD até o PS. Com a entrada em vigor da fase Delta do DECIR 2025, Portugal deverá contar com novos recursos, como aviões médios anfíbios Fire Boss, custeados em parte pela Comissão Europeia, para garantir a capacidade de resposta a incêndios rurais.