Trabalhadores das autarquias clamam por aumento salarial de mil euros

Hoje, Lisboa assistiu a uma marcha de centenas de trabalhadores provenientes de diferentes distritos do continente e das ilhas. O evento teve início no Largo Camões e terminou em frente ao parlamento, onde os manifestantes exigiram o aumento do salário mínimo para mil euros.

Durante o percurso, os trabalhadores, incluindo assistentes operacionais das câmaras municipais e das juntas de freguesia, expressaram sua indignação com palavras de ordem como: "O custo de vida aumenta, o povo não aguenta" e "Não podemos aceitar empobrecer a trabalhar". O protesto, que surpreendeu alguns turistas, atraiu também o apoio de transeuntes que se juntaram ao clamor por melhores condições salariais.

Entre os participantes estavam trabalhadores de várias empresas do setor público, como a EGEAC -- Empresa de Gestão e Equipamentos Culturais da Câmara de Lisboa, e profissionais de áreas como bombeiros, águas e transportes urbanos. A presença de motoristas dos transportes urbanos de Coimbra e trabalhadores da Águas de Portugal evidenciou a abrangência da luta por valorização profissional no setor.

Organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (STAL), esta manifestação visou não apenas o aumento do salário mínimo, mas também a melhoria de outros salários, a revisão do subsídio de refeição e a valorização das carreiras na administração local. O STAL reforçou a necessidade de uma revisão intercalar do salário mínimo, propondo um aumento de pelo menos 150 euros para todos os trabalhadores ainda este ano.