Aumento do número de vítimas em Dnipro: "Total de 17 vidas perdidas"
O bombardeamento russo em Dnipro resultou em 17 mortos e 279 feridos, sendo um dos ataques mais devastadores das últimas semanas, segundo autoridades locais.

As autoridades da região de Dnipropetrovsk anunciaram que o número de mortos decorrentes do bombardeamento russo na cidade de Dnipro subiu para 17, enquanto 279 pessoas ficaram feridas. O chefe da administração militar local, Serguiï Lyssak, confirmou a trágica contagem através da plataforma Telegram.
Antes deste novo balanço, o relatório apontava para 11 mortos e mais de 100 feridos na sequência dos ataques, que foram descritos como uma "mensagem de terror" por parte de Moscovo.
Os bombardeamentos intensificaram-se após uma série de ataques ucranianos à Rússia no domingo passado, crescendo a tensão à medida que se aproxima a cimeira da NATO em Haia.
Na chegada à cimeira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encontrou-se com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, na expectativa de fortalecer o apoio internacional a Kyiv, enquanto as conversações com o Kremlin permanecem estagnadas.
No terreno, as forças russas continuam a expandir as suas operações no leste, com ataques direcionados a várias cidades, incluindo Dnipro e Samar, onde um edifício administrativo foi danificado. A Polícia Nacional da Ucrânia confirmou a morte de nove pessoas em Dnipro e duas em Samar, além de mais de 100 feridos, incluindo passageiros de um comboio atingido.
O Ministério Público ucraniano destacou ainda que infraestruturas como escolas e centros de saúde sofreram danos significativos. Boris Filatov, presidente da autarquia de Dnipro, classificou o ataque como um dos mais graves desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Zelensky expressou preocupação com a possibilidade de um aumento no número de mortos, afirmando na rede social X que "defender a Ucrânia significa defender a vida".
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andriy Sybiga, criticou Moscovo pela sua "mensagem de terror", sublinhando que a solidariedade dos aliados ucranianos depende de uma pressão crescente sobre a Rússia.
A cimeira da NATO, que começa hoje, é vista como uma oportunidade para reforçar os compromissos de defesa dos Estados-membros, com uma reunião entre Zelensky e o Presidente dos EUA, Donald Trump, agendada para quarta-feira.
Passados mais de três anos desde o início da invasão, a Rússia continua a exigir o reconhecimento das regiões de Donetsk e Lugansk, assim como de Zaporijia, Kherson e da Crimeia, enquanto apresenta condições que o governo ucraniano considera inaceitáveis.