China apela à cooperação global e rejeita a "lei da selva" na economia
Pequim, 25 jun 2025 (Lusa) - O primeiro-ministro Li enfatizou a necessidade de cooperação e multilateralismo, alertando para os perigos do protecionismo e da fragmentação económica no evento "Davos de Verão".

Na sessão inaugural da Reunião Anual dos Novos Campeões, também conhecida como "Davos de Verão", o primeiro-ministro da China, Li Qiang, sublinhou a urgência de evitar a "lei da selva" na economia global, propondo um caminho baseado na cooperação e no sucesso mútuo.
Li, que discursava em Tianjin, realçou que o mundo enfrenta "mudanças profundas" no quadro económico internacional, impulsionadas por tensões geopolíticas, inovações tecnológicas e a reconfiguração das cadeias de abastecimento.
"Não podemos regressar a uma economia feita de ilhas isoladas. É fundamental construir pontes de cooperação onde todos possam beneficiar", afirmou.
Num cenário marcado pelo aumento das tarifas alfandegárias e pela pressão ocidental para desvincular as economias da China, o primeiro-ministro reafirmou que o comércio e o investimento internacionais devem ser guiados pela colaboração e não pela politicagem ou pelo confronto.
Li reiterou ainda o compromisso da China com o diálogo, a integração económica e um sistema multilateral aberto, garantindo que a globalização económica prosseguirá, apesar das dificuldades que possam surgir.
Adicionalmente, o líder chinês destacou a crescente importância das economias emergentes, que representam cerca de 70% da população mundial, como "novos motores" do comércio internacional.
A China continuará a abrir-se ao mundo, prometeu Li, enfatizando a relevância da cooperação em inovação tecnológica e transição energética, além de um ambiente de negócios favorável para investidores estrangeiros.
Este ano, o "Davos de Verão" decorre sob uma atmosfera de incerteza geoeconómica e aumento do protecionismo, destacando as oportunidades que podem surgir do empreendedorismo e das novas tecnologias para fomentar o crescimento e a resiliência económica.
Dentre os participantes deste encontro, encontram-se os chefes de Governo de várias nações, incluindo o Equador, Singapura e Vietname.