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Gandra d'Almeida sob nova luz: Pagamentos autorizados a si próprio

O ex-dirigente do SNS, António Gandra d'Almeida, enfrenta nova controvérsia após aprovar pagamentos a que se incluía. A Inspeção-Geral sugere a devolução dos fundos.

27/06/2025 20:50
Gandra d'Almeida sob nova luz: Pagamentos autorizados a si próprio

António Gandra d'Almeida, ex-diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), encontra-se novamente em apuros, após se saber que autorizou um pagamento que o incluía como beneficiário enquanto ocupava o cargo de CEO.

Segundo a CNN Portugal, a controvérsia envolve um contrato de 29 mil euros relativo a serviços de tarefeiro nas urgências da Guarda. Gandra d'Almeida deu "luz verde" a um pagamento que incluía "um valor por hora superior ao estipulado para serviços médicos" que ele mesmo prestou.

O ex-diretor-executivo revelou à emissora que a autorização de majoração não mencionava nomes e que a sua assinatura foi dada sem plena consciência de que abrangia os seus próprios serviços. "Quando assinei, não tive conhecimento ou percepção que me abrangia", esclareceu.

Após perceber a implicação, em fevereiro/março de 2024, informou "de imediato" o atual Diretor Executivo, que cancelou a autorização. Gandra d'Almeida reiterou que não teve "qualquer benefício" em relação ao ato autorizativo.

De acordo com documentos da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), a ULS da Guarda poderá requerer a devolução dos 29 mil euros ou uma parte desse montante à empresa de Gandra d'Almeida, a Raiz Binária.

A sua saída do SNS ocorreu em janeiro de 2024, após alegações de recebimento indevido de salários. Gandra d'Almeida considerou as informações veiculadas na imprensa como "falsidades e imprecisões" que prejudicaram a sua reputação.

Além disso, Gandra d'Almeida já tinha estado envolvido em outra controvérsia em finais de 2024, relacionado com uma denúncia anónima sobre o seu comportamento na gestão das listas de espera no Hospital de Vila Nova de Gaia, onde também foi submetido a uma cirurgia plástica.

Gandra d'Almeida tinha sido nomeado para o cargo de diretor-executivo do SNS em maio de 2024, uma designação aprovada em Conselho de Ministros em junho do mesmo ano, antes de ser sucedido por Álvaro de Almeida após a sua demissão.

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