"Imigrantes Exigem Justiça e Segurança Após Assassinato em Lisboa"

Centenas de imigrantes organizaram hoje um cordão humano frente ao Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa, para clamar por segurança e justiça após o trágico assassinato de Mahabubul Alam, um comerciante de origem bengali, durante um assalto na semana passada.

A manifestação pacífica, promovida pela Casa do Bangladesh, contou com o apoio de diversas associações e foi predominantemente composta por homens que empunhavam faixas e cartazes a clamar por justiça.

Nina Martins, representante do Movimento Vida Justa, foi uma das poucas mulheres presentes e declarou: "Apoiamos esta causa. É fundamental lutar, investigar e buscar justiça", enquanto o cordão humano se formava no coração da Praça do Comércio.

Os manifestantes expressaram o desejo de um Portugal “seguro e justo”. Roni Hossan, membro da Casa do Bangladesh, enfatizou: "Aqui temos muitos comerciantes do Bangladesh. Não se trata de racismo, mas sim de criminalidade. A polícia deve investigar e aferir responsabilidades."

Rana Taslin, líder da comunidade, entregou ao MAI um pedido formal solicitando que sejam asseguradas a justiça e a segurança dos imigrantes, não apenas do Bangladesh, mas de toda a Ásia. "Este assassinato é uma tragédia, mas temos enfrentado problemas sistemáticos com a violência contra os imigrantes nos últimos dois anos. As autoridades têm sido negligentes", afirmou após a audiência, sublinhando que a comunidade bengali em Portugal é estimada em cerca de 50.000 pessoas, 20.000 das quais na Área Metropolitana de Lisboa.

De acordo com a PSP, o homicídio ocorreu na noite de 13 de junho, e os dois suspeitos continuam em fuga, com o caso a ser investigado pela Polícia Judiciária.