Interrupção de Helicópteros do INEM Destaca Fragilidades nos Serviços de Emergência
A ANTEM alerta para a precariedade do sistema de emergência médica com a suspensão das operações aéreas do INEM em Viseu e Évora, pedindo ações urgentes para garantir serviços de qualidade.
A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) expressou, esta manhã, a sua preocupação face à suspensão das operações dos helicópteros do INEM em Viseu e Évora, a partir de julho, classificando esta situação como uma clara evidência da “fragilidade do sistema de serviços médicos de emergência”.
A ANTEM sublinha que a falta de unidades e provedores de Suporte Avançado de Vida (SAV), juntamente com a ausência de meios aéreos, compromete não apenas a eficácia na resposta a emergências, mas também coloca em risco a vida de muitos pacientes, especialmente aqueles em situações críticas.
“A interrupção dos voos aéreos e a carência de unidades de SAV constituem uma séria ameaça à segurança da população. O sistema de emergência médica enfrenta um momento crítico, e a falta de respostas imediatas pode resultar na perda de vidas”, alertou Paulo Paço, presidente da ANTEM, em comunicado.
O líder da associação enfatizou a necessidade urgente de intervenção por parte das autoridades competentes para assegurar que a população tenha acesso a cuidados médicos de emergência de qualidade, particularmente em regiões onde a rapidez é vital para salvar vidas.
A ANTEM solicita soluções imediatas e apela ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a outras entidades responsáveis para que adoptem medidas que garantam a operação contínua dos helicópteros de emergência, assim como o reforço das unidades de SAV em todo o país.
No início do mês, o INEM já havia informado sobre a existência de cenários alternativos caso o contrato para a operação de quatro helicópteros de emergência médica não entrasse em vigor em 01 de julho devido à falta de visto do Tribunal de Contas.
O concurso público internacional para a contratação do serviço de helicópteros foi atribuído à empresa Gulf Med Aviation Services Limited, sediada em Malta, por um valor aproximado de 77,4 milhões de euros. Esta empresa será responsável pela operação de quatro helicópteros em regime de 24 horas, assegurando atendimento médico aéreo até 2030.
A empresa adjudicatária tem um prazo até 01 de julho para iniciar os serviços ao INEM.