Marcelo Rebelo de Sousa destaca futuro promissor para Moçambique

O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou a sua satisfação ao observar Moçambique "a olhar para o futuro" depois de um período de instabilidade política pós-eleitoral. Em declarações à Lusa, à chegada a Maputo, o chefe de Estado português destacou o desejo do país de avançar em direcção ao desenvolvimento económico e social, à justiça e à estabilidade institucional. Este contexto surge após uma fase de agitação que fez cerca de 400 vítimas nos meses anteriores.

Na sua visita a Maputo, que se estenderá até quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa foi acolhido por autoridades moçambicanas, além de ter sido recebido com música e dança tradicional. Ele estava em Moçambique para celebrar o semicentenário da independência do país, marcada no dia 25 de junho de 1975, e onde se prevê a presença de mais de 30 líderes mundiais nesse evento jubilar.

O Presidente português destacou que o próximo gesto de cooperação ocorre quando o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, visitar Lisboa a 3 de julho. “Isto demonstra que o relacionamento entre as nações não é estático; ao contrário, é dinâmico e se aprofunda ao longo do tempo”, frisou Marcelo.

Ressaltou ainda que com a comemoração de 50 anos de independência de Moçambique, inicia-se um novo ciclo político para o país. Referiu que além da Guiné-Bissau, que celebrou a sua independência unilateral este ano, Moçambique é a primeira das nações africanas que partilhamos um passado histórico significativo a comemorar esta data.

Marcelo Rebelo de Sousa opinou que a cooperação luso-moçambicana tem vindo a intensificar-se ao longo dos anos, abordando parcerias em diversas áreas, incluindo política, militar, saúde, cultura e economia. “Temos muito a continuar a construir em conjunto”, sublinhou.

A cerimónia de celebração dos 50 anos conta com um programa abrangente que terá lugar no Estádio da Machava, o mesmo onde foi proclamada a independência, e incluirá desfiles militares e intervenções culturais. Espera-se a presença de 40.000 pessoas para este evento simbólico, que também marca a ignição da chama da unidade, um símbolo que percorreu o país desde Abril.