Política

PCP denuncia venda do Novo Banco e exige nacionalização

O PCP instou o Governo a impedir a venda do Novo Banco ao BPCE e a reverter a privatização, defendendo que o banco deve ser devolvido ao controlo público em prol do desenvolvimento nacional.

20/06/2025 14:05
PCP denuncia venda do Novo Banco e exige nacionalização

O Partido Comunista Português (PCP) manifestou hoje na Assembleia da República a sua oposição à venda do Novo Banco ao grupo bancário francês BPCE, exigindo que o Governo tome medidas para travar esta transação e recupere o controlo público da instituição. Na visão da bancada comunista, a venda de 100% do Novo Banco é um passo que favorece interesses privados em detrimento do bem comum, caracterizando-a como um “assalto aos cofres do Estado” em conluio com o Governo.

"Apresentar esta operação como positiva, como fez o Governo PSD/CDS, é uma tentativa desavergonhada de enganar o povo português", afirmam os comunistas, sublinhando que este é um “negócio ruinoso” que acabou por beneficiar um fundo norte-americano e um grupo francês à custa do povo português.

Os comunistas ressaltam que a privatização total do Novo Banco é um dos maiores erros suscetíveis de se cometer, especialmente considerando o percurso conturbado do BES ao Novo Banco entre as medidas de resolução e a atual venda. Em vez disso, o PCP defende uma nacionalização da instituição, que deveria estar “ao serviço do desenvolvimento do país”.

A Lone Star anunciou um acordo com o BPCE para a venda da sua participação no Novo Banco, avaliada em 6.400 milhões de euros. A conclusão do negócio está agendada para o primeiro semestre de 2026. O Governo revelou também a intenção de alienar os 11,46% do Novo Banco nas suas mãos, prevendo-se que esta venda traga aproximadamente 733 milhões de euros, ao passo que os restantes 13,54% estão sob a alçada do Fundo de Resolução, que pode encaixar cerca de 866 milhões de euros com esta operação.

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