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Protesto em Base Britânica Leva à Detenção de Quatro Indivíduos

Quatro pessoas foram detidas em Londres e Berkshire após um protesto que resultou em danos a aviões militares. O governo britânico avança com a ilegalização do grupo responsável pela ação.

há 3 horas
Protesto em Base Britânica Leva à Detenção de Quatro Indivíduos

Quatro indivíduos foram detidos em relação a um protesto contra a guerra em Gaza que causou danos a dois aviões militares numa base aérea britânica, conforme reportado hoje pela Unidade Antiterrorista do Sudeste de Inglaterra.

Entre os detidos, encontram-se uma mulher de 29 anos e dois homens de 36 e 24 anos, que foram apanhados na quinta-feira, tanto em Londres como em Newbury, Berkshire. Eles são suspeitos de estarem envolvidos em atividades terroristas, enquanto uma mulher de 41 anos foi detida por alegada colaboração com um criminoso, embora não em ligação ao ato ocorrido na base militar.

As identidades dos suspeitos não foram reveladas, e estes permanecem sob custódia policial enquanto a investigação avança.

As detenções estão ligadas ao incidente que ocorreu na base da Força Aérea Real britânica (RAF) em Brize Norton, perto de Londres, onde dois aviões Voyager foram danificados. A ação foi reivindicada pelo grupo Palestine Action, que protestou contra o fornecimento de armas britânicas a Israel.

Logo após a invasão da base militar pelos manifestantes, o primeiro-ministro Keir Starmer qualificou o ato como um "vandalismo ultrajante".

Em resposta ao incidente, o governo anunciou que irá submeter, para aprovação dos deputados, uma proposta de ilegalização do grupo, com base na Lei do Terrorismo de 2000. A ministra do Interior, Yvette Cooper, criticou o grupo por intensificar as suas táticas desde o início de 2024, adotando métodos mais "agressivos" e uma "vontade de recorrer à violência".

A Palestine Action, em comunicado, expressou preocupação quanto à utilização sem precedentes das leis antiterrorismo, afirmando que "atirar tinta vermelha contra aviões militares não deveria ser classificado como ato terrorista".

Se a proibição do grupo for aprovada, qualquer pessoa ligada ou que apoie a organização poderá enfrentar processo penal e penas que vão até 14 anos de prisão. Organizações como a Amnistia Internacional e a Greenpeace já se manifestaram contra a medida do Governo, considerando-a um ataque à liberdade de expressão e prometendo levar a disputa para os tribunais.

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