Sindicato dos Guardas Prisionais confiante na resolução de problemas com a Justiça
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional expressou preocupação com a degradação nas prisões, mas mantém "total confiança" na ministra da Justiça para encontrar soluções.
No âmbito do Dia do Corpo da Guarda Prisional, que marca também o aniversário do sindicato, o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Frederico Morais, manifestou a sua preocupação em relação à insegurança e à degradação nas instituições prisionais. Ao falar à Lusa, destacou o último ano como um período de "lutas e resiliência", mostrando-se optimista que as questões de segurança nas prisões vão ser tratadas adequadamente.
Frederico Morais sublinhou que a insegurança, as condições laborais dos guardas e a deterioração das infra-estruturas são as suas principais preocupações. Apesar destes desafios, ele reafirmou a "total confiança" na ministra da Justiça e na sua equipa, tendo recebido garantias da tutela de que o SNCGP será chamado para uma audiência a fim de discutir estas problemáticas essenciais.
As discussões sobre a segurança nos estabelecimentos prisionais ganharam novo impulso após a fuga de cinco reclusos da cadeia de alta segurança de Vale de Judeus, em setembro de 2024. Este incidente levou à demissão do diretor-geral de reinserção e serviços prisionais e originou auditorias conduzidas por ordem da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.
Os guardas prisionais têm sinalizado que a falta de efetivos e a ausência de bloqueadores de sinal de comunicação são factores que comprometem a segurança dos estabelecimentos, permitindo que os reclusos utilizem telemóveis para se comunicarem com o exterior.