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Trump hesita em reafirmar compromisso com a NATO

O Presidente dos EUA, Donald Trump, evade apoio inequívoco ao Artigo 5.º do Tratado da NATO, prometendo definição futura e priorizando a segurança na cimeira em Haia.

24/06/2025 17:15
Trump hesita em reafirmar compromisso com a NATO

Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, abordou o seu compromisso com a segurança durante uma viagem a bordo do Air Force One rumo a Haia, onde participa numa cimeira da NATO. Ao ser questionado sobre o Artigo 5.º, que estabelece a defesa coletiva entre os membros da Aliança Atlântica, Trump afirmou: "Estou comprometido em salvar vidas e darei uma definição exata [do que significa o Artigo 5.º] na cimeira".

O líder americano sublinhou que "depende da definição", revelando que existem várias interpretações do Artigo 5.º, mas reiterou o seu desejo de manter boas relações com os líderes da NATO: "Comprometo-me a ser amigo. Tornei-me próximo de muitos destes líderes e estou aqui para ajudá-los".

O princípio essencial do Artigo 5.º significa que um ataque a um membro da NATO é considerado um ataque a todos. Questionado sobre o futuro da Aliança, Trump expressou a sua visão de um "sistema unificado", prevendo uma "paz mais forte e melhor".

No que diz respeito ao financiamento da defesa, Trump insistiu que os Estados-membros devem contribuir com 5% do seu PIB para o setor da Defesa, um assunto de grande relevância e discutido na cimeira de Haia. Recordou que quando ingressou pela primeira vez na NATO, apenas sete dos 28 países cumpriam as suas obrigações financeiras: "Eles estavam arruinados. Eu disse-lhes: 'Vocês estão falidos'."

Após a partida de Washington, Trump partilhou nas redes sociais a sua expectativa em encontrar "bons amigos europeus" e de conseguir realizar "muitas coisas" na cimeira. Referiu que a atmosfera atual será "muito mais tranquila" em comparação com a recente tensão envolvendo Israel e o Irão.

Durante o encontro, os 32 Estados-membros da NATO, entre eles Portugal, discutem a meta de alocar 5% do PIB para a defesa, sendo 3,5% para gastos diretos e 1,5% para investimentos de dupla utilização.

A cimeira conta também com a presença de países parceiros, como a Ucrânia, além de representantes de organizações como a União Europeia. O conflito em curso na Ucrânia e a recente decisão dos EUA de bombardear alvos nucleares no Irão devem dominar as discussões, refletindo o envolvimento cada vez maior de Washington na região.

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