Economia

BNP Paribas sob acusação de bloquear plenário de trabalhadores

Trabalhadores do BNP Paribas apresentaram queixa à ACT, após o banco obstaculizar um plenário convocado pelo SinTAF para discutir propostas de acordo.

26/06/2025 20:25
BNP Paribas sob acusação de bloquear plenário de trabalhadores

Hoje, os trabalhadores do BNP Paribas manifestaram a sua indignação ao acusarem a instituição bancária de impedir a realização de um plenário organizado pelo SinTAF - Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Financeira. Segundo o sindicato, foram realizados todos os trâmites legais necessários para a convocatória, mas o banco impediu que o encontro se realizasse e a entrada dos seus dirigentes.

A controvérsia surge na sequência da proposta de Acordo de Empresa apresentada pelo SinTAF, que foi amplamente rejeitada pelo BNP Paribas, que se opôs a cerca de 90% das cláusulas sugeridas.

Em resposta à recusa da empresa, o sindicato programou um plenário para o início da tarde, que acabou por não acontecer. O SinTAF tomou as medidas legais pertinentes, incluindo chamar a polícia e apresentar uma queixa à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

O BNP Paribas, ao ser contactado, referiu que solicitou ao SinTAF a apresentação de uma proposta que assegurasse a continuidade dos “serviços urgentes e inevitáveis”, conforme estipulado no Código do Trabalho. "Devido à falta dessa proposta, consideramos que não estavam reunidas as condições legais para a realização da reunião", esclareceram os representantes do banco.

No entanto, o sindicato rebateu essa posição, argumentando que a noção de serviços mínimos no sector bancário é ineficaz e que a definição de serviços urgentes é subjetiva. Além disso, revelaram que as propostas do banco ameçam a estabilidade dos horários de trabalho e que a tabela salarial também foi rejeitada, com a justificativa de que “tabelar salários” não se encontra em linha com a política da instituição.

Os trabalhadores mostraram-se determinados em continuar as negociações, anunciando que, caso não obtenham resposta do banco, irão solicitar a mediação do Ministério do Trabalho e contemplarão a possibilidade de realizar manifestações e outras formas de protesto.

Por sua vez, o BNP Paribas reafirmou a sua disposição para facilitar a realização da reunião, uma vez que todas as condições legais sejam cumpridas.

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