Irão apela a uma maior responsabilidade internacional face a Israel e EUA
O presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, instou a comunidade global a adotar uma postura mais firme contra as ações agressivas de Israel e dos Estados Unidos durante a cimeira da UEE.

O presidente do Irão, Massoud Pezeshkian, apelou à comunidade internacional para que tome uma “atitude mais responsável” em relação às ações de Israel e dos Estados Unidos, que classificou como agressores e instigadores de conflitos. As declarações foram feitas através de uma mensagem de vídeo durante a cimeira da União Económica Eurasiática (UEE), realizada em Minsk.
Pezeshkian sublinhou a necessidade de o Conselho de Segurança da ONU e a AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica) adotarem uma postura mais rigorosa em relação àqueles que perpetraram guerras, reprovando as ações que afetam o seu país. O líder iraniano, que não se pronunciou sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, expressou o seu agradecimento aos países que demonstraram solidariedade ao condenar a agressão dos EUA e de Israel.
Durante a cimeira, o presidente destacou que a reunião é um “momento oportuno para comunicar globalmente” a posição unida dos países que se opõem à política de agressão no Médio Oriente. Pezeshkian enfatizou que a abordagem de apaziguamento face às contínuas violações dos direitos humanos por parte de Israel deve ser firmemente rechaçada.
O presidente iraniano lembrou que os ataques israelitas a instalações nucleares no Irão, que contavam com a supervisão da AIEA, foram intensificados após conversações indiretas entre Teerão e Washington sobre o programa nuclear iraniano, referindo os mesmos como uma grave violação das normas internacionais.
Segundo Pezeshkian, a resposta do Irão aos ataques israelitas ajudou a prevenir uma guerra generalizada na região. Em relação à colaboração com a União Europeia, ele apontou a “oportunidade sem precedentes” para todas as partes, sublinhando a importância da cooperação e confiança mútua para fomentar a integração regional e transformar esta fase histórica em um marco para o desenvolvimento conjunto.
A cimeira da UEE conta atualmente com cinco membros permanentes – Rússia, Bielorrússia, Arménia, Cazaquistão e Quirguistão – e quatro países observadores – Moldávia, Uzbequistão, Cuba e Irão – os quais juntos representam um quinto da população mundial.