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Orbán defende proibição da Marcha do Orgulho Gay e critica a UE

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, refuta as críticas da União Europeia sobre a proibição da Marcha do Orgulho Gay, marcada para este sábado, alertando para as consequências legais da sua realização.

há 4 horas
Orbán defende proibição da Marcha do Orgulho Gay e critica a UE

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, protestou hoje contra as críticas da União Europeia relacionadas com a proibição da Marcha do Orgulho Gay, agendada para sábado. Em declarações à rádio pública, Orbán disparou contra a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acusando-a de tratar a Hungria como um país submisso e de tentar impor, a partir de Bruxelas, o modo de vida dos húngaros, comparando essa atitude à de Leonid Brezhnev, antigo líder soviético.

Hoje, a Comissária Europeia para a Igualdade, Hadja Lahbib, visita Budapeste para uma conferência de imprensa com o autarca da capital, Gergely Karacsony, que contradiz a decisão de proibição da marcha, alegando que o evento não necessita de autorização oficial.

Os organizadores da manifestação esperam receber mais de 35 mil pessoas, prevendo participação recorde desde a sua origem na década de 90. Orbán, no entanto, sublinhou que a polícia tem o direito de dispersar concentrações como esta, embora afirme que a Hungria se considera um país civilizado.

Não obstante, a polícia já havia tomado a decisão de proibir a marcha devido à recente legislação anti-LGBT+ aprovada pela maioria do Governo de Orbán. O primeiro-ministro reforçou que qualquer evento público deve ser aprovado pelas autoridades, e os participantes podem enfrentar multas que podem alcançar os 500 euros, enquanto os organizadores podem ser punidos com até um ano de prisão.

É de notar que, sob a gestão de Orbán, os direitos da comunidade LGBT+ têm sido constantemente restringidos, tudo em nome da "proteção das crianças". Em março, o Governo implementou novas normas que proíbem a discussão da homossexualidade e da mudança de sexo com menores.

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