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Ucrânia e Rússia reativam troca de prisioneiros em novo desenvolvimento do conflito

Kiev e Moscovo realizaram uma nova troca de prisioneiros de guerra, conforme acordado em negociações de junho, que continuam a não trazer soluções para o conflito.

há 4 horas
Ucrânia e Rússia reativam troca de prisioneiros em novo desenvolvimento do conflito

A Ucrânia e a Rússia anunciaram a realização de uma nova troca de prisioneiros de guerra, cumprindo o acordo estabelecido em junho durante as negociações em Istambul, que até agora não resultaram em progresso significativo para a resolução do conflito.

Kiev e Moscovo decidiram libertar prisioneiros de guerra jovens e feridos, bem como devolver os restos mortais dos combatentes que faleceram, constituindo o único resultado tangível das negociações na Turquia.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comentou: "Prosseguimos com as trocas [de prisioneiros], uma nova etapa foi cumprida", indicando que entre os libertados estão soldados do Exército, da Guarda Nacional e da Guarda Fronteiriça.

Zelensky salientou que a maioria destes prisioneiros se encontrava em cativeiro desde o ano de 2022.

Do lado russo, o Ministério da Defesa emitiu uma declaração a informar que "um grupo de militares russos" foi devolvido em troca dos soldados ucranianos. Contudo, tanto Kiev como Moscovo não divulgaram o número exato de militares libertados, como ocorreu em trocas anteriores nos últimos dias.

A recente ascensão de Donald Trump à presidência nos Estados Unidos no início deste ano provocou a reabertura das negociações de paz entre ambos os lados, que estavam congeladas desde a primavera de 2022. No entanto, as duas rondas de negociações até ao momento em Istambul, sob mediação turca, não tiveram resultados significativos.

A Rússia, que instaurou há mais de três anos uma ofensiva agressiva contra a Ucrânia, rejeitou qualquer proposta de cessar-fogo prolongado e exige que a Ucrânia ceda quatro regiões, além da península da Crimeia, anexada em 2014, e que renuncie definitivamente à possibilidade de aderir à NATO.

Estas exigências são vistas como inaceitáveis pela Ucrânia, que, com apoio dos seus aliados europeus, requer um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de qualquer negociação de paz com Moscovo. A Rússia considera, no entanto, que aceitar tal proposta permitiria às forças ucranianas, em dificuldade no campo de batalha, rearmarem-se com o apoio militar ocidental.

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